A CPFL Renováveis fechou 2012 com Ebitda (lucro antes do pagamentos, juros, amortizações e depreciações) de R$ 504,3 milhões, um crescimento de 73% em relação aos R$ 290,9 milhões) do ano anterior. A margem Ebitda, de 63%, permaneceu estável. Já a receita operacional líquida do ano somou R$ 806,4 milhões, valor 82% superior aos R$ 442,6 milhões registrados em 2011.
“A CPFL Renováveis teve um ano expressivo: desenvolveu novos projetos, adquiriu ativos, realizou a entrega de obras no prazo e dentro do orçamento previsto, e continua monitorando as oportunidades de aquisição disponíveis no mercado. Esperamos um setor mais fortalecido para 2013. Embora a MP 579 tenha gerado incertezas por parte dos agentes sobre os seus efeitos diretos e indiretos, criando um ambiente de insegurança para o setor elétrico, a Medida não gera impactos relevantes sobre os ativos da CPFL Renováveis”, afirma o presidente da empresa, Miguel Saad.
De acordo com o executivo, “passado este momento, os agentes e os investidores já têm uma compreensão melhor sobre o setor elétrico.
Soma-se a isto a necessidade de novos investimentos em geração de energia – já sinalizada pelo governo diante do nível reduzido dos reservatórios -, portanto, o País necessita da expansão do setor e deve aproveitar sua pluralidade de fontes de energia no desenvolvimento de sua matriz. Neste cenário, a CPFL Renováveis dará seguimento ao seu plano de crescimento dos negócios, que prevê a construção de 582 MW até 2016, para os quais já temos contratos de venda de energia firmados”.
Os elevados índices registrados no resultado da companhia resultaram do crescimento do portfólio da CPFL Renováveis, a maior companhia de geração de energias renováveis no Brasil, com presença marcante nos segmentos de hidroeletricidade, eólica, biomassa e solar.
Atualmente, o portfólio da CPFL Renováveis totaliza capacidade de geração de energia de 5.535 MW. Desse total, 1.153 MW referem-se a empreendimentos já em operação: 35 PCHs (327 MW), 15 projetos de geração eólica (555 MW), seis usinas movidas a biomassa (270 MW) e uma de energia solar (1 MW). Outros 582 MW são de projetos em fase de construção: 18 de geração eólica (482 MW) e duas usinas movidas a biomassa (100 MW). A companhia possui ainda projetos eólicos e PCHs em fase desenvolvimento que totalizam 3.800 MW.
O lucro líquido da companhia foi de R$ 8,3 milhões, porém excluindo-se os efeitos não recorrentes, o lucro líquido corresponde a R$ 30,3 milhões no ano de 2012. Um incremento de quase 58% na comparação com o lucro líquido pró-forma, de R$ 19,2 milhões, em 2011, refletindo, principalmente, o incremento no portfólio de ativos em operação entre os períodos.
A melhor forma de comparar a evolução dos números da Companhia de 2011 para 2012 é através da consideração dos resultados pró-forma de 2011, que consideram separadamente 12 meses dos ativos oriundos da ERSA, da CPFL Energia e da Jantus.
Investimentos – Apesar das condições adversas do mercado de energia em 2012, a CPFL Renováveis conseguiu manter ritmo acelerado de crescimento e de seu plano de expansão. Em 2012 a Companhia investiu aproximadamente R$ 1,9 bilhão em aquisições e em seus projetos em construção.
No primeiro semestre de 2012, a empresa concluiu a construção das usinas movidas à biomassa Ipê e Pedra, no interior do Estado de São Paulo. No segundo semestre, finalizou a construção do complexo eólico Santa Clara, no Rio Grande do Norte, além da usina solar Tanquinho, localizada em Campinas, São Paulo, e da PCH Salto Góes, em Tangará, Santa Catarina.
A CPFL Renováveis concluiu em 2012 algumas aquisições relevantes como a Bons Ventos Geradora (157 MW de parques eólicos em operação no Estado do Ceará), o complexo eólico Atlântica (120 MW em construção) e a Lacenas, usina termoelétrica de 40 MW movida à biomassa, localizada no Estado de São Paulo.
Atualmente, estão em fase acelerada de construção os projetos Bio Coopcana, no Paraná, e Bio Alvorada, em Minas Gerais, com potência instalada de 50 MW cada uma e previsão de conclusão no 2º trimestre de 2013, e o Complexo Eólico Atlântica (potência instalada de 120 MW com previsão de conclusão no 3º trimestre de 2013). Outros projetos em andamento, localizados no Rio Grande do Norte, são o Complexo Eólico Macacos I, com potência instalada de 78 MW, e Complexo Campo dos Ventos II, com potência instalada de 30 MW – ambos com previsão de conclusão no ultimo trimestre deste ano -, além dos Complexos Eólicos de Campo dos Ventos e São Benedito, com potência instalada de 254 MW e previsão de conclusão em 2016.