Passadas mais de três semanas desde a confirmação da reeleição de Dilma Rousseff, segue indefinida a titularidade do Ministério da Fazenda. A falta da confirmação oficial começa a preocupar o mercado, que esperava o anúncio de um nome “moderado” para acalmar as incertezas dos últimos dias, que provocaram a alta do Dólar e a queda na Bovespa.
Na semana passada, o nome de Henrique Meirelles era apontado como o favorito – por ter grande aceitação em diversos setores. A agência de notícias Reuters citou que fontes próximas ao governo revelaram que aliados de Dilma, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incentivaram a escolha do ex-presidente do Banco Central – o que levaria à adoção de políticas mais ortodoxas e mais cortes no orçamento federal.
“Até recentemente, ninguém acreditava que Meirelles estaria no páreo, mas seu nome está ganhando terreno rapidamente. Ela sabe que precisa de mais mudanças drásticas para mudar o cenário econômico”, afirmou um deputado do PT que se encontrou semana passada com Lula e Dilma.
O economista Nelson Barbosa é outro nome cotado. Ele foi secretário-executivo da Fazenda, mas só aceitaria o cargo se o secretário do Tesouro, Arno Augustin, ficasse fora da equipe. Isso porque Nelson e Arno tiveram vários atritos trabalhando juntos. Como Dilma já deu sinais de que pretende manter Arno no governo, o dilema continua.
O Ibovespa registrou um movimento de ganhos, com as ações dos bancos acelerando altas na tarde desta terça-feira (18.11), apoiados em rumores de que Dilma estaria examinando o nome de Alexandre Tombini no ministério da Fazenda, enquanto Henrique Meirelles iria para a presidência do Banco Central. A informação veio da coluna da jornalista Tereza Cruvinel.