Duas tecnologias desenvolvidas pela Embrapa podem revolucionar a produção de organismos geneticamente modificados. A responsável por ambas, já patenteadas no INPI, é a bióloga Juliana Dantas de Almeida. As pesquisas, feitas com soja, envolvem os chamados “promotores” dos genes, que definem como será a manifestação dos transgênicos na planta. Um desses genes, chamado de “promotor específico”, é capaz de limitar somente à folha da planta a presença da proteína transgênica. O segundo, chamado “promotor constitutivo”, permite a manifestação da transgenia em toda a planta, mas expressa intensidade menor do que os encontrados hoje no mercado, como por exemplo a soja RR, resistente ao glifosato.
No caso do “promotor específico”, a relevância é restringir a expressão do gene transgênico, já que hoje as plantas modificadas existentes no mercado apresentam genes que agem em todas as partes da planta. A principal vantagem dessa tecnologia, segundo Juliana, é a ausência de transgenia no fruto ou raiz, o que pode ajudar a diminuir a rejeição do consumidor, sobretudo na Europa, aos alimentos transgênicos.