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Economia

Dilma: Inflação está completamente sob controle

A presidente Dilma Rousseff defendeu na noite de terça-feira as políticas fiscal e monetária de seu governo.

Dilma: Inflação está completamente sob controle

A presidente Dilma Rousseff defendeu na noite de terça-feira as políticas fiscal e monetária de seu governo. Em jantar com jornalistas, a presidente argumentou que a média da taxa de inflação dos três primeiros anos do governo Fernando Henrique Cardoso foi de 12%, ante cerca de 7% no mesmo período do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e de 6,97% nos oito anos de gestão Lula. “Pega a média dos meus três anos: dá 6,08%. Então, a inflação está completamente sob controle”, destacou.

Dilma também criticou as análises de que os gastos fiscais em seu governo são “um escândalo”. No mesmo exercício de comparação, ela ponderou que os gastos em pessoal e com custeio em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) são também os menores. “Os três últimos anos são os menores gastos de pessoal como proporção do PIB”, disse. “Gasto de custeio como percentual do PIB: o meu é o menor possível.”

A presidente ainda rebateu a proposta do pré-candidato do PSB a presidente da República, Eduardo Campos, de fixar uma meta de inflação de 3% a partir de 2019. “Aí vem uma pessoa e diz que a inflação vai ser 3%, que a meta de inflação é 3%. Ah, é? Faz uma meta de inflação de 3%. Sabe o que ela significa? Desemprego. Em que proporção? Lá pelos 8,5%, 9%, 10%, 11%, 12%. Por aí”, afirmou. “Como enquadra no Orçamento? Eu quero ver. Eu quero ver, mantendo investimento social e investimento público em logística, fazer isso. Não faz, corta mais da metade. Não segura fazer isso. Então, o Brasil tem uma discussão real ou é isso, o copo meio cheio e meio vazio, ou é uma má vontade do cão.”

Dilma afirmou que o mal-estar existente no país decorre do crescimento da demanda da população por maior qualidade nos serviços públicos, e não da aceleração da inflação.

Embora tenha dito que a inflação esteja sob controle, Dilma fez um alerta: “Um dos fatores mais preocupantes em relação à inflação é a indexação”. Ela ponderou que em qualquer país do mundo ocorrem choques nos preços dos alimentos.

“O efeito inflação não explica o mal-estar. Acho que tem uma coisa que explica: a taxa de crescimento de bens e a comparação da taxa de crescimento de bens e a de serviços”, declarou a presidente, durante jantar com jornalistas no Palácio da Alvorada. “Nós não temos condição de, ao fazer o investimento, resultar em benefício imediato. Não é assim, inclusive também não é um ano, nem dois, nem três. É um acúmulo de estoque de investimentos que produz um efeito nos serviços. O estoque de bens é de agora. O estoque de serviços é um acúmulo do passado.”

Dilma comparou os investimentos em infraestrutura realizados em seu governo com os executados durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, e lembrou que, nos últimos anos, 100 milhões de novos passageiros começaram a utilizar o transporte aéreo.

“Quanto tempo nós ficamos sem investir em aeroporto? Eu sei de toda a dificuldade na época de Lula. Eu vivi, eu vi, eu presenciei. A partir de tudo que eu presenciei, nós chegamos à conclusão de que o negócio em aeroporto era fazer concessão para o investidor privado investir no aeroporto”, argumentou a presidente.

“Nós percebemos que era importante ele administrar também. E mais: percebemos que tinha de juntar ele, quanto maior o padrão dele melhor para nós, porque a gente ia juntar ele com a Infraero, para melhorar a Infraero, para ele dar práticas modernas para a Infraero, dar gestão adequada. Ajudar a gente a incorporar as melhores práticas.”