O campo está limpo, sem nenhum pé de soja e é assim que deve ficar pelos próximos três meses, durante o vazio sanitário.
Neste período, o cultivo da oleaginosa fica proibido e o agricultor precisa destruir ainda as chamadas plantas guaxas, àquelas que nascem voluntariamente, seja nas áreas de produção, pátios de descarregamento ou margens de rodovias.
Na safra passada, só em Mato Grosso, foram registrados 112 focos da doença em todas as regiões produtivas.
Quem está no campo sabe a importância de cumprir à risca o vazio sanitário da soja. O agricultor Raul Berwanger está colhendo o milho safrinha cultivado em Juscimeira. Ele vai plantar 1,9 mil hectares de soja em outubro e como já teve problemas com a ferrugem no passado, quer garantir a sanidade da futura lavoura cumprindo desde já o vazio sanitário.
Os casos de ferrugem asiática em todo o Brasil são acompanhados pela Embrapa em Londrina, no Paraná. O Rio Grande do Sul é o estado com maior número de focos este ano no país, 115. Depois, vem Mato Grosso e o Paraná com 112 casos cada um. Até a primeira semana de junho, 488 casos foram registrados em todo o país.