Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Meio Ambiente

Embrapa faz queimada controlada para estudar efeitos na natureza

Atividade faz parte do projeto de pesquisa "Combustão da Biomassa em Florestas Tropicais", executado desde 2008 no Acre e em Mato Grosso.

A Embrapa Acre realiza, na semana que vem, a queimada controlada de quatro hectares de floresta para medir o impacto das queimadas na atmosfera, na regeneração da floresta e no solo da Amazônia. A atividade faz parte do projeto de pesquisa “Combustão da Biomassa em Florestas Tropicais”, executado desde 2008 no Acre e em Mato Grosso, com o objetivo de definir indicadores sobre o impacto do fogo no ambiente.

Os dados finais da pesquisa permitirão medir, entre outros aspectos, os teores de carbono emitidos durante a queima e avaliar como os nutrientes do solo reagem às altas temperaturas, bem como os níveis de partículas no ar que podem causar danos ao sistema respiratório humano. Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Falberni Costa, as estimativas atuais de emissão de gases de efeito estufa usam fatores de grande variação, indicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e que precisam ser medidos em todas as partes do mundo. “É preciso reduzir as incertezas nos fatores de emissão provenientes das diferentes regiões da Amazônia e considerar as características locais. Os resultados do projeto serão de grande importância na elaboração e estruturação de políticas públicas voltadas para o tema”, afirma.

Uma queimada semelhante, realizada na cidade de Cruzeiro do Sul (AC) em setembro de 2010, apontou que foram emitidos cerca de 305 toneladas de gás carbônico para a atmosfera. “O que significa que metade do estoque de carbono armazenado em um hectare de floresta se transforma, com a queima, em gases de efeito estufa. O teste em Rio Branco servirá para refinarmos ainda mais esses índices, e dessa forma, poderemos obter uma média que possa ser utilizada para calcular as emissões do estado”, declara o professor da Unesp, João Andrade de Carvalho Junior, coordenador do projeto.