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Renováveis

Energia eólica e solar crescem em níveis recordes em 2020, diz BP

Segundo relatório, as chamadas energias renováveis experimentaram, no ano passado, um aumento de 238 GW

Wind generator and solar panel
Wind generator and solar panel

O relatório anual de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, a BP do Reino Unido, revelou uma boa notícia para o mercado de energias renováveis: a capacidade global de energia eólica e solar cresceu, em 2020, a taxas recordes, ao passo que a indústria de petróleo registrou a maior queda já verificada desde a Segunda Guerra Mundial.

Segundo o relatório, as chamadas energias renováveis experimentaram, no ano passado, um aumento de 238 GW, crescimento atribuído em grande parte à China, responsável por quase metade do crescimento da produção mundial de energia eólica e solar. Ao todo, a capacidade de energia solar aumentou 22%, enquanto a eólica cresceu cerca de 18%.

O economista-chefe da BP, Spencer Dale, afirmou que esse número de gigawatts reflete um ano que também foi recorde na instalação de parques eólicos e solares, e é cinco vezes maior do que a capacidade total de energia renovável do Reino Unido. Porém, ele alerta que esses resultados ocorreram “no contexto de uma pandemia global e da maior recessão econômica do pós-guerra”.

O impacto da pandemia

As medidas de afastamento social e demais restrições impostas pela pandemia da covid-19 fizeram com que a demanda mundial por petróleo sofresse uma queda de 9,3%, a maior já verificada na história. O consumo total de energia no planeta caiu 4,5%, o que resultou em uma consequente redução de 6,3% nas emissões de dióxido de carbono, o maior recorde dos últimos dez anos.

Outras descobertas importantes mostram que os países nos quais ocorreram as maiores quedas no consumo de energia, gás natural e carvão foram os Estados Unidos, a Índia e a Rússia, enquanto a utilização de energia nuclear caiu principalmente na França e no Japão.

Por mais promissores que sejam os números de crescimento da energia renovável no mundo, os especialistas apontam que os resultados ainda estão muito longe das metas de mudanças climáticas estabelecidas no Acordo de Paris.