A participação de fontes renováveis de energia na matriz elétrica brasileira aumentou em 2,5 pontos percentuais no ano passado ante 2010, para 88,8 por cento, como resultado principalmente das condições hidrológicas favoráveis que elevaram a geração das hidrelétricas em 6,3 por cento e do crescimento da geração eólica.
As fontes de energia não renovável tiveram uma queda de 14,8 por cento na produção de eletricidade no Brasil em 2011, causada em especial pela redução de 28,1 por cento na eletricidade gerada por gás natural, segundo informações preliminares do Balanço Energético Nacional 2012 (BEN) divulgado nesta segunda-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A geração de energia eólica teve o principal crescimento entre as fontes renováveis na matriz elétrica, subindo 24,2 por cento para 2,7 mil gigawatts-hora (GWh) no ano passado.
Já a produção de bioeletricidade a partir do bagaço de cana-de-açúcar caiu, embora a geração elétrica com biomassa, como um todo (incluindo lenha, lixívia, bagaço de cana e outras), tenha subido 7,1 por cento no período.
Na matriz energética brasileira, que considera o uso de fontes de energia não só para a produção de eletricidade, a participação das energias renováveis ficou praticamente estável em 2011, em cerca de 44,1 por cento, segundo a EPE.
“A pequena variação entre 2010 e 2011 reflete as restrições na oferta da biomassa da cana, muito em função da queda de 9,8 por cento na safra”, informou a EPE.
A demanda por energia no Brasil, medida pela oferta interna de energia, subiu 1,3 por cento em 2011 ante 2010, totalizando 272,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), e ficou menor que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) que cresceu 2,7 por cento no período.
“O menor crescimento da demanda de energia significa que a economia brasileira gastou menos energia para produzir a mesma quantidade de bens e serviços. A demanda de energia per capita ficou em 1,41 tep por habitante em 2011, aumentando 0,5 por cento em relação a 2010”, informou a EPE.