A estimativa é do presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Dr. Rodrigo Sauaia. De acordo com ele, as recentes projeções divulgadas através de governo federal são positivas, na medida em que sinalizam um trabalho concreto de diversificar o matriz elétrica nacional através do aumento da participação de fontes renováveis com baixa emissão de gases de efeito estufa.
Para Sauaia, o primordial destaque é a fonte solar fotovoltaica, cuja presença na matriz elétrica brasileira será vigorosamente ampliada de 0,01% em 2015 para mais de 10% em 2030, um aumento de mil vezes dentro dede 15 anos, maior crescimento relativo do período.
De acordo com a nota técnica da EPE, intitulada “O Compromisso do Brasil no Combate às Mudanças Climáticas: Produção e Uso de Energia”, declaração que serviu de base para a definição da metas nacionais de diminuição das emissões de gases de efeito estufa, segundo os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris, que entrou em vigor em novembro de 2016, os 25 GW de energia solar fotovoltaica que farão parte da matriz elétrica brasileira de 2030 estarão divididos em 17 GW de geração centralizada solar fotovoltaica e 8,2 GW de geração distribuída solar fotovoltaica.
De acordo com dados da ABSOLAR, o segmento de micro e minigeração distribuída solar fotovoltaica, que registrou aumento de 320% em 2015, conta neste momento com mais de 6000 sistemas por todo o país, representando mais de 42 MW em potência instalada, a equivalente o mais de R$ 375 milhões em investimentos privados.
Na seção de geração centralizada, o País conta hoje com 3,3 GW em projetos de fonte solar fotovoltaica contratados atraves de leilões de energia, o que deverá movimentar mais de R$ 13,5 bilhões até 2018. “A suposição preliminar da ABSOLAR para 2017 aponta para um volume de novas contratações destinado o a fonte solar fotovoltaica de 2 GW por meio de leilões de geração centralizada”, comenta Sauaia. “Juntamente, estimamos que o mercado de geração distribuída solar fotovoltaica continuará em forte trajetória ascendente, com destaque para clientes residenciais e comerciais, motivados a reduzir os seus gastos através com a energia elétrica”, acrescenta.
Os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris, que procura combater as mudanças climáticas e limitar o aumento da temperatura no planeta, incluem objetivos para diminuir em 37% as emissões nacionais de GEE até 2025 e em 43% até 2030, as duas em relação ao ano-referência de 2005. Adicionalmente, o país se comprometeu o ampliar a participação das fontes renováveis não-hídricas (solar, eólica e biomassa) na matriz elétrica brasileira para no mínimo 23% até 2030.