No início de maio uma geada atingiu o sudoeste do Paraná e queimou parte das lavouras de milho. Nas regiões mais baixas, foi registrada temperatura de apenas 1°C e o frio congelou as plantações. Com medo de novas geadas, alguns agricultores anteciparam a produção de silagem.
“Quando as folhas congelam tem muito dano, porque a planta não faz fotossíntese e não aproveita os nutrientes”, explica o agrônomo Gustavo Zanella.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) ainda não calculou os prejuízos da geada, mas por conta do fenômeno a quebra na produção do milho safrinha deve ser maior que a divulgada logo após a estiagem entre os meses de março e abril. Na época, a Seab já havia calculado uma queda na produção na ordem de 4%. Os estragos maiores foram na região deLondrina, no norte do estado, onde o plnatio é mais tardio e muitas espigas ainda estavam na fase da floração.
A previsão é que as lavouras mais adiantadas colham os primeiros grãos de milho entre o final deste mês e o início de junho. Até lá as lavouras dependem muito do clima, que pode prejudicar ainda mais a produção.
De acordo com o agrometeorologista, Reginaldo Ferreira, a previsão é de chuva para os próximos dias, o que é bom para o enchimento dos grãos de milho. “O pior cenário agora seria o de incidência de geadas”, explica o especialista.