Em expansão por todo o país e alvo de altos investimentos, o agronegócio tem apresentado incremento no ano de 2014. Somente no primeiro semestre, o setor obteve superávit de US$ 40,8 bilhões na balança comercial, segundo o Boletim do Agronegócio Internacional, desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Recentemente, o BNDES divulgou que os investimentos na economia brasileira entre 2014 e 2017 serão 35% maior do que no quadriênio anterior. Com US$ 1,7 trilhão de reservas, o foco da receita será o setor industrial, com destaque para a agricultura. Nesse sentido, a busca por mão de obra qualificada tem acompanhado o crescimento, demandando profissionais não somente para as posições operacionais, mas para todo o escopo administrativo das Companhias.
De acordo com pesquisa elaborada pela Asap Recruiters, consultoria especializada em recrutamento e seleção de executivos, as áreas que mais apresentam oportunidades são as de finanças e vendas, seguidas pela engenharia. “O crescimento e a especialização do setor criaram uma crescente demanda por profissionais capacitados para atuar em posições estratégicas, com uma visão ampla da cadeia de produção”, analisa Carina Budin, Vice President & Partner da Asap.
Tamanho o leque de posições ofertadas, outros setores começam a ceder profissionais ao mercado de agronegócios em grande escala. Calcula-se que somente bens de capital, automação e indústria automotiva respondam por 42% das novas contratações. “Esses profissionais trazem na bagagem as boas práticas de gestão e a habilidade de transito internacional que cada vez mais o agronegócio tem demandado. Avaliam todo o escopo de formação que envolve o segmento, como economia, administração, contabilidade, pesquisa operacional, entre outras oportunidades de desenvolvimento de novas competências”, comenta Carina.
Região aquecida – A indústria agrícola tem ganhado amplo destaque na região Centro-Oeste, impulsionado a econômica local como a que mais cresce no país. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal apresentaram crescimento de 5,9% nos últimos 12 meses (até maio) no índice de Atividade Econômica do Banco Central, superando as regiões Sul (4,4%) e Nordeste (4,2%). O mesmo índice aponta que, por trimestre, o crescimento do Centro-Oeste já é o maior do País.