A Solatio, desenvolvedora de projetos solares, e a Brookfield Energia Renovável serão responsáveis pela construção do maior parque de energia solar das Américas, que será instalado em Janaúna, no norte de Minas Gerais. A produção de energia solar do complexo deverá abastecer mais de 1,2 milhão de famílias, e o projeto está previsto para entrar em operação em 2023.
O empreendimento deverá receber investimentos de mais de R$ 3 bilhões, e o complexo irá gerar mais de 600 vagas de empregos diretos. De acordo com Walter Fróes, um dos maiores consultores da empresa Solatio e presidente da CMU, será um megaparque com uma capacidade instalada da ordem de 1200 megawatts.
“É energia para abastecer 1,2 milhão de residências, aproximadamente. Desse modo, a construção deverá ser iniciada no segundo semestre deste ano e a energia começará a ser entregue no segundo semestre de 2022. E vamos completar toda a potência da usina no primeiro semestre 2023”, explicou.
A energia deverá ser injetada na rede básica. “A condição para construir um parque desses é que tenha disponibilidade para injetar energia no local”, afirmou.
A Solatio está fazendo investimento em geração distribuída e pretende entregar energia com desconto da ordem de 15% para residências e também para pequenos comércios, clínicas, consultórios, entre outros. “A partir de julho começaremos a abrir nossas plantas e, dentro de 12 meses, teremos um total de 60, 70 plantas prontas. Isso significaria um investimento de mais R$ 1 bilhão em Minas”, comentou Fróes.
Em agosto do ano passado, a empresa anunciou o investimento de R$ 21 bilhões até 2023 em usinas fotovoltaicas, e a ideia era produzir 6.430 MW nos próximos quatro anos, o equivalente à potência da hidrelétrica da Itaipu Binacional.
As usinas fotovoltaicas vão abastecer as cidades mineiras Araxá, Coromandel, Várzea da Palma, Janaúba, Arinos, Francisco Sá e Buritizeiro. Atualmente, a empresa tem produção para atender mais de sete milhões de residências, por meio da Usina de Marambaia, em Pirapora, considerada a maior usina fotovoltaica da América Latina e a terceira maior do mundo.
Em agosto, Minas Gerais liderava o ranking nacional de geração distribuída, seguido por Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Minas representava 18,9% de participação na produção nacional, com potencial instalado de 173,9 MW.