Agentes de mercado temem que o enfraquecimento dos preços do milho nos Estados Unidos traga incerteza para o mercado do cereal no Brasil. Foi o que informou ontem (26/11) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
De acordo com a instituição, ainda há uma incerteza relacionada ao uso do cereal para a produção de etanol no território americano. Se a utilização cair, o país ficará com uma excedente que pode ser colocado no mercado internacional, o que poderia enfraquecer as exportações brasileiras.
“Este ambiente e a recente desvalorização do dólar reduziram os preços nos portos brasileiros e limitaram as negociações de novos lotes”, avaliou o Cepea.
Em Mato Grosso, o Instituto de Economia Agropecuária do estado (Imea) informou que o alto volume de exportação registrado até agora não tem se traduzido em receita para os vendedores. A quantidade embarcada entre julho e outubro, por exemplo, cresceu 24% em relação ao mesmo período em 2012, mas o faturamento teve alta de apenas 3,4% na mesma comparação.
Em relação ao mercado interno, o Imea informou, em boletim de mercado, que as negociações se mantiveram lentas na semana passada, com os produtores aguardando a ação do governo.
O leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) causou alguma reação nas cotações, que tinham iniciado a semana em baixa, de acordo com o o Instituto. Mas não impediu que as médias do estado registrassem queda de 0,3%, com a saca em torno do R$ 12 em municípios como Diamentino, Nova Mutum e Sapezal.