Minas Gerais retomou o posto de liderança na geração distribuída de energia solar no Brasil, superando São Paulo. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Minas Gerais alcançou uma potência de 2,98 gigawatts (GW) em junho deste ano, enquanto São Paulo ficou com 2,97 GW e caiu para a segunda posição.
Bruno Catta Preta, diretor de relações institucionais da Genyx e coordenador da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) em MG, comemorou a conquista e ressaltou a importância do investimento contínuo no setor. A geração distribuída ocorre por meio de pequenas unidades de até 5 MW instaladas em residências, empresas e condomínios. Minas Gerais possui estações em 853 municípios, enquanto São Paulo tem 645.
A liderança de Minas Gerais foi possível graças à retomada, pela Cemig, das análises para novas instalações de energia solar, principalmente na região Norte do estado. Entre dezembro de 2022 e maio deste ano, as conexões estavam suspensas. Essa suspensão resultou no fechamento de várias empresas, principalmente no Norte de Minas, mas agora, com a retomada, o estado rapidamente recuperou o primeiro lugar. Novos projetos continuam sendo anunciados, impulsionando Minas Gerais para se tornar um importante polo mundial de produção de energia limpa.
O deputado estadual Gil Pereira (PSD-MG) destacou que o impasse entre os investidores da micro e minigeração de energia solar fotovoltaica ameaçava inviabilizar cerca de 400 empresas e eliminar aproximadamente 4 mil empregos no Vale do Jequitinhonha e no Norte de Minas. Ele ressaltou a importância da energia solar como fonte de eletricidade e um pilar para o desenvolvimento sustentável, especialmente em regiões isoladas. O Brasil tem o potencial de se tornar uma potência energética devido à sua posição geográfica e condições climáticas, e a competição saudável entre Minas Gerais e São Paulo certamente impulsionará o país a alcançar as nações que estão à frente nessa corrida, afirmou Catta Preta.