O Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, participou do lançamento da Semana Nacional da Carne Suína, na manhã desta quarta-feira (2/10), em São Paulo, e se considerou “um ministro feliz”. Segundo ele, o setor já gerou neste ano US$ 102 bilhões na balança comercial, 10,5% maior que no ano anterior. “Eu não tenho o que dizer: peguei um Ministério em que tudo brilha. A carne, uma safra gigante que deve beirar os 187 milhões de toneladas. E ainda vamos crescer mais”, diz.
Andrade ressaltou que neste momento, a prioridade do Mapa é modernizar o setor de armazenagem e incentivar o setor a investir. “Eu não quero ver nunca mais aquela imagem de milho a céu aberto. Isso não pode acontecer”, afirmou.
Ele citou as linhas de crédito para este fim lançadas pelo Banco do Brasil, mas não comentou sobre a burocracia que existe para a instalação de silos em propriedades privadas. “Precisamos investir muito neste setor em regiões estratégicas como o Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Luis Eduardo Magalhães”.
“Essa questão atinge diretamente todos os setores do agronegócio, sobretudo a suinocultura, que precisa baratear custos de produção, como a ração (milho)”. Neste caso, segundo ele, o Ministerio estaria atuando junto ao Ministerio da Fazenda para reduzir alíquotas para a indústria. “Como um todo, é uma prioridade para o governo federal (o agronegócio). A presidente Dilma Roussef olha pro agronegócio com muito zelo”.
O ministro também afirmou que não está medindo esforços para alavancar a suinocultura brasileira e esteve na Argentina na semana passada para cobrar do governo de Cristina Kirchner um acordo de importação firmado anteriormente. “Eles deveriam comprar três mil toneladas por mês, mas estão importando apenas mil”, afirmou. “Temos condições de expandir o setor e nos tornarmos o maior exportador e produtor do mundo”.
Ele disse que o Brasil tem a obrigação abrir novos mercados para a carne suína. “Nós temos que exportar milho através das aves e dos suínos e não somente a matéria prima”, afirmou. “É valor agregado”. Esses novos mercados prioritários estariam na Ásia.
O ministro ainda brincou e comentou “é uma carne magrinha, muito saudável. Como bom mineiro, eu como muito e quero que todo o mundo coma também”.