A movimentação de cargas em Paranaguá e Antonina deverá quase dobrar em 20 anos, para 80 milhões de toneladas por ano. Com essa expectativa, a APPA, que administra os dois portos, traçou um plano de crescimento para as próximas duas décadas e já realizou 16 estudos de viabilidade técnica e econômica (EVTEs) das novas áreas disponíveis, que deverão atrair R$ 1,6 bilhão em recursos privados quando licitadas.
No meio do caminho, porém, houve a reforma portuária, que voltou a centralizar as decisões de planejamento e licitações em Brasília. Assim, a APPA entregou planejamento que fez ao governo federal e agora espera as licitações. O reordenamento prevê, por exemplo, um novo complexo em forma de “T” que avança sobre as águas com quatro berços de atracação e é capaz de ampliar em 30% a oferta para grãos. Hoje, só o corredor de exportação tem estoque estático para 1,3 milhão de toneladas e movimenta cerca de 16 milhões de toneladas por ano.
Além desses projetos, a APPA quer rever a poligonal do porto organizado, traçado que define a área do porto público. Se não for feito, diz a APPA, haverá estagnação e a cidade de Paranaguá acabará prejudicada. O fluxo diário médio de caminhões em Paranaguá é de 4.800 carretas, mas o porto já chegou a receber num mesmo dia 8.600. Também são estudadas opções para elevar a chega de cargas por ferrovia.