A cadência dos caminhões que transportam soja para exportação pelo porto de Santos é de 1,6 km/h, mais lenta do que a velocidade média de um homem adulto. A situação transformou a rodovia Cônego Domenico Rangoni num grande armazém sobre rodas de soja e milho.
Gargalos logísticos fazem soja estragar em Mato Grosso
Para acessar terminais como o TEG (Terminal de Exportação do Guarujá), os caminhões têm de cruzar a estreita e esburacada rua do Adubo, única passagem e um dos retratos do gargalo logístico do agronegócio nacional.
O caminhoneiro Flávio Figueiredo levou mais de 12 horas para percorrer uma distância de 20 quilômetros. “Saí às 20h52 de segunda-feira de Cubatão. São 9h de terça e ainda não cheguei ao TEG. Não dormi e não comi”, diz.
Ele ganha R$ 2.500 por mês e considera pouco para enfrentar a espera, os assaltos (de que foi vítima há 15 dias) e o caos da logística.
Em nota, o TEG (associação entre Cargill e Dreyfus) disse que “está preparado e dimensionado para atender a demanda da exportação e trabalha de forma organizada para o recebimento coordenado de caminhões”.
Veja infográficos no site da Folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1249178-no-gargalo-do-agronegocio-ir-a-pe-ao-porto-e-mais-rapido-que-de-caminhao.shtml