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Novo recorde mundial para Itaipu

Itaipu superou os 98,5 milhões de MWh previstos para 2013.

Os termômetros apontaram quase 40º C, com sensação térmica de 47º C, no último dia do ano no Rio de Janeiro e a demanda por energia foi maior que a esperada. O resultado: Itaipu superou os 98,5 milhões de MWh previstos para 2013. O recorde mundial de geração de energia elétrica, atingido no dia 30, foi ainda maior. Itaipu fechou o ano com a produção histórica de 98.630.035 megawatts-hora (MWh).

“O consumo é que puxa a produção”, sintetiza o superintendente de Operação de Itaipu, Celso Torino. “São as pessoas em casa com o dedo no interruptor que definem o quanto vamos gerar”. De acordo com ele, a previsão do Operador Nacional do Sistema (ONS) para o dia 31 foi superada pelo alto consumo, principalmente, na capital fluminense. “Corrigimos em tempo real a nossa produção nos últimos dois dias do ano para atendermos a forte demanda”, conclui.

A produção de 2013 superou o recorde anterior, de 2012, que era de 98.287.128 MWh. No acumulado histórico, ou seja, desde 1984 quando Itaipu começou a operar, foram gerados 2.135.680.660 MWh. Em termos de participação do mercado de energia elétrica, Itaipu atendeu, em 2013, 16,9% da demanda brasileira e 75% do mercado paraguaio.

De acordo com o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, uma série de fatores contribuiu para a hidrelétrica atingir a produção histórica de 2013. “É um trabalho permanente de formação dos quadros de profissionais e o comprometimento de todas as equipes para aproveitar a água da melhor maneira”, afirma. “Soma-se a isso o bom momento pelo qual passam as economias do Paraguai e do Brasil aumentando a demanda por energia elétrica”.

Novo patamar – A produção de 2013 não só foi recorde mundial como marcou um novo patamar alcançado nos últimos dois anos. Se comparar a média de 2013 e 2012 à produção de 2008 (ano da 3ª maior produção histórica), houve um aumento de quase quatro milhões de MWh. Comparando com a média dos cinco anos anteriores ao biênio 2012-2013, o aumento é de sete milhões de MWh, ou metade do consumo anual da segunda maior cidade do Brasil, o Rio de Janeiro.

“Nós mudamos a nossa régua, é outro patamar”, afirma Samek. De acordo com ele, se mantiver alto o consumo de energia e continuar o regime de chuvas, a tendência é ficar sempre neste patamar elevado de produção.

De acordo com Celso Torino, o novo patamar foi possível devido a uma série de melhorias internas na área técnica da hidrelétrica, envolvendo operação, manutenção, engenharia e obras, além de uma melhor coordenação com os parceiros externas de Itaipu – Eletrobras, ONS, Furnas e Copel, no Brasil, e Ande, no Paraguai.

Alguns comparativos da geração de 2013

No Paraná, é o suficiente para suprir o consumo de energia elétrica anual de:

– 21 cidades do porte de Curitiba;
– 73 cidades do porte de Londrina;
– 140 cidades do porte de Cascavel;
– 186 cidades do porte de Foz do Iguaçu.

Em relação às cidades, estados e regiões brasileiras, é suficiente para suprir todo o consumo de energia elétrica:

– do Brasil por 79 dias;
– da Região Sul por um ano e três meses;
– da Região Sudeste por cinco meses;
– do Estado do Paraná por três anos e sete meses.

– do Estado de São Paulo por oito meses e 24 dias;
– da cidade de São Paulo por três anos e quatro meses;
– da cidade de Campinas por 31 anos;
– da cidade do Rio de Janeiro por seis anos e sete meses.

Em termos de países latino-americanos, é suficiente para suprir o consumo de energia elétrica:

– da Argentina por nove meses e 22 dias;
– do Paraguai por oito anos;
– do Chile por um ano e seis meses;
– da Venezuela por um ano;
– de toda a América Latina (excluindo o Brasil) por 89 dias.

Em relação a outros países, a produção de 2013 atenderia de energia elétrica:

– China por sete dias;
– Estados Unidos por nove dias;
– Índia por um mês e nove dias;
– Japão por um mês e cinco dias;
– Portugal por um ano e 11 meses;
– Alemanha por dois meses;
– França por dois meses e 14 dias;
– Reino Unido por três meses e 12 dias;
– Espanha por quatro meses e 16 dias.

Ou o mundo todo por aproximadamente dois dias.