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Economia

O inquestionável crescimento do agronegócio

Não deve ser novidade para ninguém que o setor agropecuário brasileiro tem sido o suporte da economia nacional.

O inquestionável crescimento do agronegócio

Não deve ser novidade para ninguém que o setor agropecuário brasileiro tem sido o suporte da economia nacional. Não apenas na liderança das exportações e consequentemente responsável pelo superávit da balança comercial, como também pelo crescimento do Produto Interno Bruto-PIB, conforme foi divulgado recentemente. Também é notório que houve avanços no setor agrícola nos últimos anos. Tanto com a implantação de programas de incentivos governamentais, e principalmente, devido às inovações em tecnologias, facilitando a vida do homem do campo e aumentando a produtividade agrícola e por via de consequência, a renda rural. Querer dizer o contrário é lutar contra o óbvio. E no Brasil isso tem ocorrido porque o mundo está assim. Estamos sendo atropelados pelo progresso. Não são só os governos que têm procurado acompanhar o desenvolvimento mundial do agronegócio, mas principalmente pelas pesquisas e pela ação das empresas e entidades do setor. Em nosso país temos tido programas interessantes, tanto para o agricultor familiar, como da chamada agricultura empresarial. Os incentivos oficiais estão presentes em diversas atividades agropecuárias e os resultados têm aparecido através do aumento da produção e da produtividade. O curioso é que já não dá mais para se utilizar a crítica de que não existem recursos para financiar a nossa agropecuária. A oferta tem sido abundante, tanto na esfera federal como na estadual, que têm criado estímulos para o agricultor melhorar sua renda. Em âmbito federal já não dá mais para reclamar de falta de financiamentos, tem para todos os gostos. Tanto que não estão sendo utilizados. A própria Federação da Agricultura e a secretaria da Agricultura de SC tiveram a preocupação em recente iniciativa de percorrer o Estado, reunir produtores rurais, através dos Sindicatos, para discutir a reduzida demanda dos créditos que estão sendo ofertados. O Pronaf está aí com oferta de financiamentos com juros praticamente simbólicos, custeados pelo Tesouro Nacional, através da equalização das taxas, e nem sempre estão sendo utilizados conforme a oferta. Os programas para investimentos também sofrem pela falta de uso. É verdade que tem agricultor endividado sem condição de contratar, mas a maioria não está usando, certamente por estar capitalizado e não precisar de financiamento. É um bom sinal. Em nível estadual, existem diversos programas de subsídios de juros, para armazenagem e outros investimentos, como a construção de cisternas para enfrentar as frequentes estiagens pelo menos para estocagem de águas, e mesmo assim não está havendo a demanda esperada. As cooperativas de crédito estão tendo dificuldades para aplicar os recursos que captam. Isto quer dizer, tem dinheiro sobrando. Isso é bom? Acho que sim, mas muitas vezes os agricultores não estão tomando os financiamentos ofertados devido aos recentes problemas que tiveram com o endividamento e capacidade de pagamento por frustrações de safras. O que está faltando agora é um seguro de safra mais abrangente e menos oneroso, para que haja proteção em eventuais intempéries. Vale uma análise e consequente esclarecimentos das vantagens de se obter os financiamentos para modernizar as propriedades e estimular a produção agrícola. Afinal é notório que quando a agricultura vai bem, os demais setores vão também. Portanto, cabe as entidades, oficiais ou não, mostrar que precisamos no modernizar e atualizar as propriedades e profissionalizar ainda mais a atividade. Com isso, todos ganham: agricultor, governos e a população de modo geral. Pense nisso.