Oito países da União Europeia, liderados pela França e Itália, expressaram sua oposição às novas normas de emissões para veículos movidos a combustão dentro do bloco. Essas nações argumentam que as atuais regras de óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono já atingiram seu limite após mais de três décadas de reduções significativas.
Em um documento enviado ao parlamento da União Europeia, os oito países signatários, incluindo Bulgária, República Tcheca, Hungria, Polônia, Romênia e Eslováquia, afirmam que medidas adicionais prejudicariam os esforços para alcançar uma economia de carbono neutro. Eles questionam a necessidade de novos limites propostos pelo Euro 7, que entrará em vigor em 2025.
Segundo a moção enviada aos membros da União Europeia, esses países se opõem a qualquer nova regulamentação de emissões para veículos, incluindo requisitos de testes e limites mais rigorosos, pois acreditam que tais medidas desviariam os investimentos da indústria automotiva no caminho para uma transição com neutralidade de carbono.
Os países argumentam ainda que a indústria automobilística já está avançando no desenvolvimento de veículos elétricos, o que já está contribuindo para a redução das emissões. Além disso, eles destacam que a maioria dos veículos a combustão já atende a limites de emissões bastante baixos.
A nova regulamentação do Euro 7, que busca reduzir até mesmo as partículas provenientes de freios e pneus, consideradas prejudiciais ao meio ambiente, tem enfrentado resistência. Além disso, a União Europeia está envolvida em uma disputa com os Estados Unidos, que impõem restrições às vendas de carros elétricos vindos do continente europeu.
Outro desafio mencionado pelos países é a limitação da infraestrutura elétrica disponível para abastecer os veículos elétricos. Nações como Alemanha, França e Espanha enfrentam dificuldades na transição para fontes de energia renováveis, especialmente devido às restrições de acesso ao gás natural impostas pela Rússia.
Além disso, a escassez e o alto custo de metais, como o lítio, essenciais na produção de baterias para carros elétricos, também representam um obstáculo para a expansão da indústria de veículos elétricos na Europa. Recentemente, o presidente francês, Emmanuel Macron, visitou a Mongólia para discutir a obtenção desses metais vitais para a indústria automotiva francesa de veículos elétricos.