A forte contração econômica do Brasil deve acabar no fim deste ano, mas a economia não conseguirá voltar ao nível pré-recessão antes de 2019, segundo pesquisa da Reuters publicada nesta segunda-feira (01/03).
Com as perspectivas de recuperação bastante frágil, o desemprego deve continuar alto por vários anos e a escalada da dívida exigirá da presidente Dilma Rousseff e seus sucessores ainda mais austeridade para estabilizar as contas do país.
“Acabou aquele modelo de crescimento baseado na expansão do crédito ao consumo. E há a necessidade de gerar superávit fiscal elevado”, disse o economista do BBVA, Enestor dos Santos. “O risco é que a gente tenha uma situação de crise fiscal mais forte, de crise de dívida.”
A crise econômica tem sido um choque de realidade para o Brasil após anos de forte crescimento econômico. Mesmo com os vastos recursos naturais e um dos maiores mercados consumidores do mundo, o Brasil, um dos países mais desiguais do mundo, voltou a ser considerado um lugar de alto risco para investimentos e vê a ameaça do velho fantasma da inflação.
O legado da pior recessão em mais de um século no Brasil deve manter instável o fragmentado sistema político do país, sugerem os resultados da pesquisa, como se o país estivesse apenas voltando ao seu normal após um breve período de forte expansão liderada pela China