Mesmo com uma flagrante desaceleração desde maio, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 3,31% nos primeiros sete meses deste ano, conforme cálculos conjuntos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Cepea/Esalq/USP).
Esse resultado acumulado foi sustentado sobretudo pelos desempenhos dos segmentos primário da agropecuária (6,54%) e de insumos (4,04%), ainda que também tenha havido incrementos nos elos agroindustrial (0,96%) e de distribuição (2,22%), os únicos que em julho registraram performances mais positivas do que em junho.
E o grande destaque continua a ser a pecuária, que puxou a alta do segmento primário com uma variação positiva de 9,46% de janeiro a setembro. CNA e Cepea preveem um aumento de 16,73% no faturamento da pecuária em 2013, já que os preços médios estão 10% superiores aos de 2012 e o volume de produção pode crescer mais de 6%.
A pecuária tem sido impulsionada por suínos e aves, para os quais CNA e Cepea estimam aumentos de 23,57% e 33,71% nos faturamentos, respectivamente. Mas os preços já estiveram melhores.
Na agricultura, “o cenário mais favorável foi registrado para batata, trigo e tomate – que, mesmo desacelerando em julho, se manteve com expressiva alta no ano. Já a laranja enfrenta a realidade mais crítica, com movimento decrescente de preço e redução esperada na produção”, conforme a análise divulgada pela CNA e pelo Cepea.