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Economia

Preços de commodities têm alta de 21,43%, em 2015

Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, tiveram alta de 1,28%, em dezembro, na comparação com novembro.

Preços de commodities têm alta de 21,43%, em 2015

Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, tiveram alta de 1,28%, em dezembro, na comparação com novembro. Em 2015, o Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central (BC), apresentou alta de 21,43%.

O IC-Br é calculado com base na variação em reais dos preços de produtos primários (commodities) brasileiros negociados no exterior. O BC observa os produtos que são relevantes para a dinâmica dos preços ao consumidor no Brasil.

No mês passado, o segmento agropecuário (carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne suína) subiu 2,45% e em 12 meses, 27,11%.

A alta do segmento de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel) ficou em 1,76%, no mês, e em 9,43%, no ano.

Já o segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) teve queda de 7,94%, em dezembro. No ano, no entanto, houve alta de 1,68%.

O índice internacional de preços de commodities (CRB), calculado pelo Commodity Research Bureau, registrou aumento de 0,64%, em dezembro, e de 24,57%, no ano.
Agência Brasil

Entrada de dólares no Brasil supera saída em US$ 9,4 bi em 2015

O Banco Central (BC) informou hoje (6) que, em 2015, mais dólares entraram do que saíram no Brasil. De acordo com dados divulgados pelo BC, o saldo positivo de entrada e saída de dólares do país fechou o ano em US$ 9,414 bilhões. Em dezembro, o saldo ficou negativo em US$ 2,146 bilhões.

No ano, o fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) ficou positivo em US$ 25,486 bilhões, enquanto o segmento financeiro (investimentos estrangeiros diretos, em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outras operações) registrou saldo negativo de US$ 16,071 bilhões.

Em dezembro, o fluxo comercial ficou positivo em US$ 7,124 bilhões e o financeiro, negativo em US$ 9,270 bilhões.

A entrada ou saída de dólares no país é um dos fatores que influenciam a cotação da moeda. Quando há mais dólares no país, a tendência é haver uma redução da cotação. Mas outros fatores afetam a cotação da moeda, como o aumento dos juros nos Estados Unidos.

Os juros mais altos atraem dinheiro para economias avançadas, provocando a fuga de capitais financeiros de países emergentes, como o Brasil.

A desaceleração da China também gera efeitos no Brasil, país exportador de commodities (bens primários com cotação internacional). Isso porque a segunda maior economia do planeta é grande consumidora de matérias-primas como ferro e petróleo e de produtos agrícolas como soja.

A diminuição do crescimento da economia chinesa se reflete em redução de preços das commodities. Com exportações mais baratas, menos dólares entram no país, empurrando para cima a cotação da moeda norte-americana.

Outro fator que afeta a cotação do dólar são as intervenções do BC no mercado de câmbio, com venda de dólares no mercado futuro (swaps cambiais), por exemplo. As incertezas políticas e as expectativas ruins para a economia brasileira também influenciam a cotação.

No cenário turbulento do ano passado, o dólar oscilou constantemente e bateu recordes. Em reação às incertezas políticas e econômicas do país e à conjuntura internacional, a moeda iniciou o ano perto dos R$ 2,70. Em março, já havia ultrapassado R$ 3 e, em junho, operou acima dos R$ 3,10.

No dia 22 de setembro, o dólar fechou acima dos R$ 4 pela primeira vez na história. No dia 24 do mesmo mês, chegou a R$ 4,24, outra máxima histórica, e depois recuou, encerrando o pregão a R$ 3,9914. No dia 30 de dezembro, o dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 3,9480.