O Brasil poderá sair dos atuais 200 milhões de toneladas de grãos para um patamar de até 301 milhões na safra 2024/25.
Os dados são do Ministério da Agricultura, que põe como patamar mínimo uma produção de 260 milhões de toneladas para o período.
Se atingir o limite máximo previsto pelo ministério, a produção subirá 50%. Se ficar no patamar mínimo, a alta será de 30% em comparação ao volume atual.
Já a área utilizada para a produção de grãos sai dos atuais 57,3 milhões de hectares e vai para um patamar médio 65,8 milhões e um máximo de 80,8 milhões, segundo estimativas da Agricultura.
O cenário futuro é o mesmo do dos últimos anos. O país vai dando prioridades às grandes culturas e reduzindo as de necessidades básicas, como arroz e feijão.
E são exatamente esses produtos que começam a escassear no mercado, geram custos para os consumidores e e puxam a inflação.
A soja, o carro-chefe do país, deverá ocupar uma área média _ entre o limite mínimo e o máximo _ de 41,2 milhões de hectares. As previsões não descartam, no entanto, o plantio da oleaginosa em até 52,7 milhões de hectares, ante os atuais 31,5 milhões.
A produção poderá sair dos atuais 94 milhões de toneladas para até 152 milhões, na avaliação do ministério. A estimativa média é de 126 milhões de toneladas.
Na outra ponta, o feijão, um produto básico na alimentação do dia a dia dos consumidores brasileiros, vai ter redução média de 36% na área a ser destinada ao produto. Em caso extremo, a queda poderá chegar a 87%.
Com redução de área, a produção fica estável e o país terá de importar até 600 mil toneladas do produto em 2025.
Outro produto básico que perde espaço é o arroz, cuja área cai para 1,4 milhão de hectares em 2025, 42% menos do que a atual.
A produção do cereal, devido ao ganho de produtividade, cresce, em média, 7%. O ministério não descarta, no entanto, uma queda de até 57% no volume a ser produzido nesse período.
Para o café, a Agricultura estima uma safra de 55 milhões de sacas na safra 2024/25, ante os atuais 45 milhões. As estimativas mais otimistas indicam uma produção de até 76 milhões de sacas.
A safra de milho vai dos atuais 81 milhões de toneladas para uma média de 99,8 milhões de toneladas. Se tudo der certo nesse segmento, no entanto, a safra poderá chegar a 144 milhões de toneladas
O Brasil terá um bom avanço também nas carnes. A de frango deverá atingir a média de 17,7 milhões de toneladas. A bovina vai a 11,4 milhões, e a suína, a 4,7 milhões.