Os produtores de Mato Grosso já estão com 95,7% dos insumos comprados para a safra 2013/14 de soja, cujo plantio tem início a partir de 15 de setembro, informou hoje o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No entanto, com a elevação nos preços da soja com entrega futura – em função da valorização da oleaginosa na bolsa de Chicago e da alta do câmbio -, a relação de troca caiu. Em Sorriso, os produtores precisavam de 29 sacas no mês de junho para comprar os insumos (sementes, fertilizantes e defensivos), já em agosto essa relação foi reduzida para 26 sacas.
Mesmo com a queda, esse valor é maior que o do ano passado, quando eram necessárias apenas 21 sacas; na safra 2011/12, eram 24 sacas. “Isso mostra que o produtor está gastando mais para fazer suas lavouras e, em consequência, elevando seu risco”, disse o Imea, no boletim.
Em agosto, o custo total de produção para a soja em Mato Grosso avançou 0,7% ante julho, a R$ 2.432,70 por hectare. Já os insumos tiveram aumento de 0,3%, o que indica que a elevação do dólar no último mês (de 3,5%) foi positiva para os produtores. “A soja se valorizou e o custo de produção teve uma valorização inferior à do dólar”, afirmou o Imea.
Já nos últimos dias, os preços da soja recuaram em Mato Grosso. A oleaginosa com entrega em março começou a semana passada com média de R$ 52,79 por saca e encerrou com uma cotação 6% inferior. A queda de 3,7% do dólar ante o real no período foi o fator de maior pressão sobre a commodity, segundo o Imea.