A receita bruta dos principais produtos agrícolas cultivados no Brasil deverá somar R$ 293,5 bilhões em 2014, conforme cálculos atualizados divulgados ontem pela GO Associados. O montante, recorde, representa um aumento de 7,8% em relação à estimativa da consultoria para o valor nominal da produção em 2013 (R$ 272,2 bilhões). Sobretudo em virtude da atual tendência de queda dos preços internacionais dos grãos, a receita agrícola conjunta projetada para 2015 pela GO é de R$ 290,5 bilhões, 1% menos que neste ano.
Carro-chefe do agronegócio brasileiro, a soja deverá registrar, conforme a consultoria, receita de R$ 94,4 bilhões em 2014, 15,5% acima do ano passado (R$ 81,7 bilhões). Mas, apesar de a GO prever um incremento de 5,1% na colheita do grão no país em 2015, para 91 milhões de toneladas – a Conab projeta quase 95 milhões -, o valor da produção estimado para o ano que vem é de R$ 89,3 bilhões, um recuo de 5,4% em igual comparação.
No caso do milho, a receita estimada para este ano é de R$ 36,3 bilhões, 6,2% menor que a de 2013 (R$ 38,7 bilhões), e a de 2015 foi calculada pela GO Associados em R$ 34,8 bilhões, novamente mais baixa (4,1%). A consultoria acredita que a colheita do cereal alcançará 81,4 milhões de toneladas no ano que vem, quase 4 milhões a mais que em 2014.
Ainda para 2014, a empresa prevê incrementos do valor nominal da produção de algodão (14,8%, para R$ 3,1 bilhões), arroz (14,9%, para R$ 10,8 bilhões), trigo (26,2%, para R$ 5,3 bilhões), café (18,2%, para R$ 20,8 bilhões), fumo (4,3%, para R$ 7,3 bilhões) e laranja (31,4%, para R$ 15,9 bilhões). Em campo negativo também estão o feijão (queda de 2,3%, para 8,6 bilhões) e a cana (queda 0,6%, para R$ 51,1 bilhões).
Para 2015, além das quedas estimadas para soja e milho, a GO Associados também projeta receitas mais baixas que as previstas para este ano para algodão, trigo e laranja (0,6%, para R$ 15,8 bilhões. Mas vê aumentos para arroz, feijão, café, cana e fumo.