Menos de uma semana após o inesperado corte nas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para o estoque global de milho no fim desta safra 2013/14, as cotações da commodity voltaram a recuar na bolsa de Chicago, pressionadas pelos sinais de demanda mais fraca e clima favorável na Argentina.
Os contratos futuros de milho de segunda posição de entrega – normalmente, os mais negociados – fecharam o pregão de ontem a US$ 4,335, queda de 1,36%.
Do lado da demanda, o milho foi pressionado pelos dados divulgados pela Administração de Informações de Energia (EIA, na sigla em inglês). De acordo com o órgão, a produção de etanol nos EUA recuou 5,4% na semana passada, para 868 mil barris por dia. Trata-se da menor produção desde a semana encerrada em 4 de outubro.
Também pesou sobre as cotações do grão a expectativa de retração da demanda de milho para ração nos EUA, devido ao menor rebanho bovino do país e ao surto de diarreia que atinge o plantel de suínos americano. Ainda no que diz respeito à demanda, as cotações do milho foram influenciadas pela decisão da China de rejeitar dois carregamentos de DDG (subproduto da fabricação de etanol a partir de milho) americano, devido à presença de uma variedade transgênica de milho não autorizada pelos chineses.
Do lado da oferta, o milho foi pressionado pelas especulações de que chuvas previstas para a próxima semana devem melhorar as condições das lavouras da Argentina.