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Solar

Usina fotovoltaica na Bahia esbarra na burocracia brasileira

Depois de 18 meses, projeto da Bioenergy ainda não saiu do papel.

Usina fotovoltaica na Bahia esbarra na burocracia brasileira

Dezoito meses passaram desde a realização do leilão que teoricamente viabilizou um projeto fotovoltaico de 3MW no município de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. A usina, que vendeu energia no mercado livre em uma ação inédita no Brasil, porém, ainda não saiu do papel. Um dos motivos para o atraso nas obras seria a burocracia brasileira, justificou Sérgio Marques, presidente da Bioenergy, companhia responsável pelo empreendimento solar.

O leilão foi realizado no dia 7 de agosto de 2012, no qual a Bioenergy afirmou que vendeu algo próximo a 2,5MWh em energia solar, a um preço próximo de R$250 por MWh. Inicialmente, o projeto de 3MW demandaria um investimento total de R$22 milhões.

Em setembro de 2012, a Bioenergy anunciou a contratação da Solyes para construir a primeira fase da usina, com 1MW de portência, ao custo R$7 milhões. Na época, Marques informou que a entrada em operação da usina estava prevista para o primeiro semestre de 2013.

No entanto, em entrevista ao Jornal da Energia, Marques explicou o atraso, justificando que entraves burocráticos envolvendo a importação dos painéis fotovoltaicos estariam emperrando o andamento do projeto. “O Brasil é uma mar de burocracia”, desabafou.

Segundo ele, atualmente a Bioenergy negocia com sete fornecedores, entre americanos e chineses. A nova previsão é que a usina comece a operar no segundo semestre de 2014. A geradora conseguiu negociar junto aos clientes a postergação da entrega da energia comercializada no leilão.

O atraso, entretanto, não se limita apenas aos entraves burocráticos “alfandegários”. Marques ainda justificou que o direcionamento de investimentos para projetos eólicos no Estado do Maranhão também contribuíram para a postergação do empreendimento solar.

A Bioenergy tem 28,8MW eólicos em operação no Rio Grande do Norte. Segundo o executivo, outros 513MW estão em construção, distribuídos pelos Estados do Maranhão e Rio Grande do Norte.