As tecnologias para destinação de carcaças de animais no ciclo produtivo da agroindústria representam ferramentas de trabalho fundamentais para o setor, visto a necessidade de mitigação de impactos ambientais e biossegurança. A compostagem de carcaças oriundas de criação de aves começou nos Estados Unidos na década de 80 (WILKINSON, 2007). Contudo, um dos desafios é administração de carcaças com diferentes portes, variável de acordo com a idade das aves. Sobre o assunto, a revista Avicultura Industrial traz um estudo da Embrapa Suínos e Aves que considera diferentes aspectos para a construção da composteira.
A compostagem de aves inteiras (sem trituração) em leiras ou câmaras difere-se da compostagem convencional de outros resíduos, pois ocorre tanto a decomposição aeróbia (de fora para dentro das carcaças) quanto a anaeróbia (de dentro para fora) (AUGUSTO; KUNZ, 2010). Ainda, enquanto na compostagem convencional as pilhas são revolvidas diversas vezes a fim de misturar oxigênio e assegurar as condições termofílicas da primeira etapa, na compostagem de carcaças, as pilhas de compostagem normalmente são mexidas apenas para o início da segunda etapa de compostagem, quando a última camada de aves estiver quase completamente decomposta (WILKINSON, 2007).
De acordo com o relatório sobre disposição de carcaças divulgado pelo Centro Nacional de Agricultura e Biossegurança dos Estados Unidos-NABC (2004), a temperatura das pilhas irá aumentar na primeira fase da compostagem, termofílica, onde os tecidos moles (músculos e órgãos internos) serão decompostos e os patógenos serão erradicados. Na segunda fase, mesofílica, os tecidos restantes, tais como os ossos e penas, terminarão de ser decompostos até que todo o material se torne um composto com coloração entre marrom escuro e preto.
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