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Clima

Clima e La Niña: Desafios e Esperanças para a Colheita na Argentina

Clima e La Niña: Desafios e Esperanças para a Colheita na Argentina

As recentes chuvas na Argentina trouxeram otimismo para a safra 2024-25, mas o fenômeno climático La Niña ainda gera incertezas. Apesar de chuvas acima da média em novembro, que aliviaram a seca prolongada, a fase fria do Oceano Pacífico equatorial pode trazer clima seco ao cinturão agrícola do país nos meses críticos de fevereiro e março.

A Argentina, maior exportador de farelo e óleo de soja e importante fornecedor de milho, enfrenta rendimentos abaixo da média nessas culturas há quatro anos, principalmente devido à recorrência de La Niña. Meteorologistas divergem sobre a força e a duração do fenômeno neste ciclo: enquanto humanos indicam 72% de chance de La Niña persistir até fevereiro, modelos computacionais sugerem 50%.

Historicamente, La Niña impacta negativamente as colheitas argentinas, mas condições limítrofes podem trazer resultados mais favoráveis. Caso o clima contribua, a produção de soja pode alcançar máximas de oito anos, ampliando a oferta global e pressionando os preços do farelo de soja.

Mesmo com uma redução na área plantada de milho devido ao surto de pragas do último ano, as exportações argentinas do cereal devem atingir máximas plurianuais, consolidando o país como um competidor relevante no mercado global.

A evolução das condições climáticas será decisiva para o desempenho agrícola argentino e seu impacto no comércio internacional. Os próximos meses prometem ser críticos para definir se 2024 será um ano de recuperação ou mais um ciclo de desafios para a agroindústria do país.