A região Sul apresenta muita nebulosidade. No oeste do Rio Grande do Sul, não chove apesar das nuvens, mas há previsão de chuviscos na Campanha e no litoral sul. Nas demais áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sudoeste do Paraná, temporais podem ocorrer a qualquer momento, com possibilidade de acumulados significativos de precipitação.
A semana começa com a chegada de uma frente fria, que traz temporais entre segunda e terça-feira (25) no centro-norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Na quarta-feira (26), um ciclone extratropical se forma próximo ao litoral gaúcho e catarinense, provocando novos temporais antes de se afastar rapidamente para o oceano. Na sexta-feira (28), uma nova frente fria atinge o Rio Grande do Sul, avançando para os demais estados do Sul no fim de semana. Atenção para rajadas de vento que podem superar 70 km/h e possibilidade de queda de granizo.
O acumulado de chuva nos próximos cinco dias pode ultrapassar 100 mm no centro-norte do Rio Grande do Sul, em todo o território catarinense e no centro-sul paranaense, o que beneficia os produtores no Paraná, mas alerta os do Rio Grande do Sul para novos alagamentos e deslizamentos. As operações em campo ficam comprometidas nessas áreas, mas continuam no sul do Rio Grande do Sul e no norte do Paraná, onde a previsão é de tempo seco.
As temperaturas caem significativamente a partir de terça/quarta-feira, com mínimas abaixo de 10 ºC e risco de geada entre quinta (27) e sábado (29) nas áreas de baixada do Rio Grande do Sul e sul do Paraná. As temperaturas podem zerar em Uruguaiana (RS), Passo Fundo (RS) e Caçador (SC), com chances de temperaturas negativas nas serras gaúcha e catarinense.
Sudeste
No Sudeste, o tempo firme e ensolarado prevalece no Rio de Janeiro, praticamente todo o território de Minas Gerais e São Paulo, e no interior e centro-sul do Espírito Santo. No nordeste do Espírito Santo, extremo nordeste de Minas Gerais e extremo sudeste de São Paulo, a circulação dos ventos pode trazer chuvas fracas e isoladas, mas o sol também aparece.
Apesar da chegada de uma frente fria, as temperaturas na região não devem oscilar muito. As chuvas se concentram no extremo sudeste e litoral de São Paulo, com acumulados semanais de até 40 mm, elevando a umidade do ar. No Rio de Janeiro e Espírito Santo, o acumulado deve ficar em torno de 10 mm, enquanto em Minas Gerais o tempo seco predomina.
As lavouras de milho segunda safra continuam sob restrição hídrica, mas a colheita de café e a moagem de cana-de-açúcar seguem normalmente. O tempo quente aumenta o risco de incêndios e a necessidade de hidratação. Na Serra da Mantiqueira, as mínimas podem ficar abaixo de 10 ºC, mas sem risco de geada.
Centro-Oeste
A semana começa com tempo firme em Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso, sem previsão de chuva. Em Mato Grosso do Sul, o sol predomina na maioria das áreas, mas há possibilidade de chuva passageira no sul do estado, na fronteira com o Paraguai. A umidade relativa do ar pode cair abaixo de 30% em algumas áreas.
As lavouras de milho segunda safra seguem sob restrição hídrica, e as pastagens permanecem prejudicadas devido à quase ausência de chuva. As exceções são o sul e extremo oeste de Mato Grosso do Sul, que podem receber temporais com acumulados de até 25 mm entre terça e quarta-feira.
Produtores devem ter cautela ao manejar fogo, pois o ambiente quente e seco favorece a propagação de incêndios, especialmente em Mato Grosso e Goiás. No centro-sul de Mato Grosso do Sul, a chegada de ar mais frio entre terça e quarta-feira pode causar estresse térmico no gado, com temperaturas máximas em torno de 20º C e mínimas entre 9 ºC e 10 ºC, mas sem previsão de geada.
Nordeste
Na segunda-feira, a chuva permanece no litoral, com maiores acumulados previstos para Ilhéus e Salvador (BA). No interior, o tempo continua firme e seco. No norte do Ceará, Piauí e Maranhão, há previsão de pancadas de chuva acompanhadas por raios ao fim do dia.
Nas demais áreas do interior do Nordeste, o tempo segue firme. Na faixa leste da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, o volume de chuva fica em torno de 50 mm, ajudando na reposição hídrica do solo. No interior, o solo ressecado e altas temperaturas prejudicam as lavouras de milho e aumentam o risco de incêndios, mas a colheita de algodão segue normalmente.
Norte
O sol predomina na segunda-feira no Acre, centro-sul de Rondônia, sul e sudeste do Pará e Tocantins. Nas demais áreas, a chuva ocorre em forma de pancadas no fim do dia, com destaque para Roraima e leste do Amapá, onde a precipitação pode ser mais frequente e intensa.
Nos próximos cinco dias, a chuva se concentra na faixa norte do Amazonas, Roraima, norte do Pará e Acre, com volumes em torno de 50 mm, beneficiando as operações em campo e a recuperação de pastagens. No Tocantins, o calor e a ausência de chuva volumosa causam estresse térmico e hídrico nas lavouras de milho segunda safra. A temperatura máxima durante a semana chega a 35 ºC, aumentando o risco de incêndios. No centro-sul do Pará e em Rondônia, o solo ressecado e as temperaturas elevadas prejudicam a manutenção das pastagens, sem previsão de chuva.