O governo federal e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) estão atuando em conjunto para minimizar os prejuízos causados pelas queimadas que atingiram o estado de São Paulo. A tragédia impactou fortemente o setor agropecuário, afetando mais de 8 mil propriedades rurais em 317 municípios, com prejuízos estimados em R$ 1 bilhão. Entre as culturas mais afetadas estão a cana-de-açúcar, o café, as seringueiras, as pastagens e os laranjais.
A FAESP solicitou ao governador Tarcísio de Freitas um plano emergencial que inclua a ampliação do estado de emergência, atualmente restrito a 45 municípios, para cobrir toda a área afetada. Além disso, pede a suspensão de sanções aplicadas por órgãos fiscalizadores aos produtores rurais atingidos e a criação de um espaço de diálogo entre o governo e o setor agropecuário para o desenvolvimento de soluções conjuntas.
Em resposta, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, revelou que o governo estuda maneiras de agilizar o acesso ao crédito do programa RenovAgro, voltado à recuperação de áreas degradadas. Com um orçamento de R$ 2 bilhões, essa linha de crédito poderia auxiliar os produtores a replantarem suas lavouras e retomarem suas atividades.
O impacto das queimadas também resultou na revisão das previsões para a safra de cana-de-açúcar. A Datagro, uma das principais consultorias do setor, ajustou a estimativa de moagem de cana para 593 milhões de toneladas, uma queda em relação aos 602 milhões previstos inicialmente. A produção de açúcar e etanol também foi afetada, com reduções significativas nas projeções para 2024/25.
Tirso Meirelles, presidente da FAESP, ressaltou a urgência de medidas de apoio para evitar que milhares de famílias rurais fiquem desamparadas, além de minimizar os impactos econômicos e garantir a segurança alimentar. A FAESP continua empenhada em colaborar com o governo para desenvolver estratégias que garantam a recuperação das áreas afetadas e fortaleçam o setor agropecuário paulista diante dos desafios climáticos.
Referência: Assessoria FAESP