Um estudo recente destacou que mais da metade das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) foram registradas a partir de 1990, marcando um aumento significativo na contribuição humana para a crise climática.
As estatísticas mostram que as emissões anuais de CO2 saltaram de 4 bilhões de toneladas em 1950 para 36,4 bilhões de toneladas em 2019. Esse aumento coincide com o período de maior uso de combustíveis fósseis para produção de energia e materiais, que hoje são responsáveis por cerca de 86% das emissões totais.
Este crescimento acelerado nas emissões chama a atenção para a urgência de ações globais, como as discutidas na COP26 em Glasgow, Escócia, onde países são instados a apresentar planos de corte de emissões até 2030, seguindo o Acordo de Paris para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
O desmatamento e as queimadas, que representam cerca de 14% das emissões, e a expansão das emissões devido à produção de cimento e a chama industrial também são destacados. O estudo aponta ainda o Brasil como um dos maiores emissores históricos de CO2, considerando o impacto do desmatamento nas suas estatísticas de emissão.
Com a China e os Estados Unidos liderando o ranking de maiores emissores acumulados, o cenário atual exige esforços internacionais para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, utilizando tecnologias limpas e métodos de captura e armazenamento de carbono.