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CLIMA

Probabilidade de La Niña retornar em 2024 aumenta para 65%

Probabilidade de La Niña retornar em 2024 aumenta para 65%

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), vinculada ao governo dos Estados Unidos, divulgou recentemente um boletim indicando um aumento na probabilidade de o fenômeno La Niña retornar em 2024, alcançando 65% durante o trimestre de agosto, setembro e outubro.

Ao contrário do El Niño, o La Niña é caracterizado pela redução da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico tropical central e oriental. Se essa tendência se confirmar, os impactos serão sentidos de maneiras distintas em diferentes regiões do Brasil.

Os agricultores do Matopiba, que abrange áreas de Cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, podem se beneficiar com a volta de períodos mais chuvosos durante a safra 2024/25. No entanto, produtores do Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, enfrentarão desafios, uma vez que os períodos de seca podem prejudicar lavouras e pastagens.

O boletim também abordou o fenômeno El Niño, indicando que a probabilidade de entrar em neutralidade aumentou para 73% no trimestre de abril, maio e junho de 2024. Isso implica que o El Niño continuará influenciando o clima até o final do outono, reduzindo as chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto traz chuvas volumosas para a região Sul e eleva as temperaturas em todo o país durante a primavera e o verão.

A conjunção desses fenômenos naturais e mudanças nos padrões climáticos apresenta desafios significativos para o Brasil em 2024, com a população enfrentando elevadas temperaturas e alterações nos regimes de chuva. Especialistas alertam para a necessidade de monitoramento constante e preparação para lidar com as consequências dessas variações climáticas ao longo do ano.

O que é o La Niña

“La Niña é o nome dado ao fenômeno climático-oceânico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico. Ele tem origem na região do Pacífico Equatorial, na zona intertropical do planeta, e provoca alterações sazonais na circulação geral da atmosfera, podendo durar de nove a 12 meses. Sua ocorrência se dá entre períodos de dois a sete anos.

Os efeitos do La Niña são sentidos em diversas localidades, como é o caso do Brasil. No país, há um aumento no volume de chuvas no Norte e Nordeste, bem como secas e temperaturas muito elevadas na região Sul. No Centro-Oeste e Sudeste, os impactos variam. Mais recentemente, a ocorrência do La Niña provocou chuvas intensas e queda de temperatura no verão.”

Fontes: Metrópoles/SG/Brasil Escola