Há alguns anos, empresas e associações de classe receberam da Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango) uma nota, que reproduzo abaixo na íntegra, para reforçar as ações solicitadas na época, pois continuam atuais. Dessa forma, alerto para que isso seja rotina de nossas empresas e não, somente, quando da aparição de uma enfermidade, afetando o mundo e comprometendo o mercado como foi o caso da data do envio desse comunicado, quando vivíamos a angústia da Influenza Aviária.
As empresas estão com seus comitês sanitários atuantes nessas ações? As regiões estão mobilizadas com o apoio dos Comitês de Sanidade Estaduais? E a Federação coordena de uma forma regional e/ou nacional essas ações? Leiam o material para responder as perguntas.
“Considerando-se os desafios sanitários aos quais a avicultura mundial está sendo submetida, a Abef faz forte recomendação para implementação de ações que venham ajudar a manter o “status sanitário” do plantel avícola nacional”. Por isso, neste momento, é fundamental proibir toda e qualquer visita a granjas de avós, matrizes, incubatórios, fábricas de rações e granjas comerciais, inclusive às áreas dos abatedouros onde haja contato com aves vivas (galpão de espera, plataforma e pendura). Além disso, os visitantes também não devem ter contato com pessoas envolvidas diretamente nos processos mencionados acima (técnicos, veterinários, supervisores, etc.).
Para as áreas dos abatedouros (pós-chiller) deve ser exigido um período de quarentena de, pelo menos, 7 (sete) dias no Brasil.
As determinações acima devem vigorar por prazo indeterminado.
1) Procedimentos importantes por parte do produtor:
• Proibir qualquer visitante às granjas;
• Exigir que o técnico/veterinário utilize roupas e calçados próprios exclusivos por propriedade;
• Proibir a entrada de veículos não pertencentes ao processo, e recomenda-se desinfetar todo o veículo que necessariamente tenha que ter acesso às granjas (pinteira, frangueiro e transporte de ração);
• Destinar as aves mortas ou eliminadas unicamente à compostagem ou incineração;
• Fazer tratamento adequado ou fermentação sempre que retirar a cama do aviário
• Manter um controle efetivo de pragas;
• Limpar e desinfetar as instalações de acordo com orientação técnica;
• Sempre que houver algum problema no lote comunicar o técnico ou veterinário.
• Não ter criação de nenhuma outra espécie de aves na propriedade, inclusive eliminando imediatamente após o carregamento as aves de consumo do próprio lote;
• Garantir que as fontes de água estejam protegidas do contato de animais silvestres.
2) Procedimentos importantes por parte dos técnicos ou veterinários:
• Sempre devem visitar os lotes mais novos e depois de maior idade (deixando sempre por último os que tiverem desafios sanitários);
• Devem usar roupas e calçados exclusivos por propriedade;
• Devem deixar veículos fora da área restrita da granja;
• Verificar se os integrados/parceiros cumprem com os requisitos de biosseguridade;
• Utilizar somente produtos veterinários aprovados pelos mercados consumidores;
• Comunicar as áreas afins da empresa e governo sempre que ocorrer qualquer fato sanitário que possa indicar alguma doença de caráter emergencial.
Situação sanitária mundial dentro da normalidade:
Para situações sanitárias consideradas normais, devem ser obedecidos critérios e seguidos princípios conforme descritos abaixo:
1) Qualquer processo onde haja aves vivas, incluindo galpão de espera, plataforma e área de pendura no abatedouro, além de fábrica de rações:
Vazio sanitário de sete dias no Brasil.
2) Demais processos (abatedouro pós-chiller, industrializados, termoprocessados e utilitários):
Vazio sanitário de três dias no Brasil.
Para qualquer dos itens acima, também devem ser seguidos procedimentos complementares descritos a seguir:
Antes de iniciar a visita, os visitantes devem trocar as suas roupas e calçados por outros exclusivos para trânsito entre as áreas, ainda no escritório da empresa. Além disso, procedimentos adicionais como o uso de roupas e calçados descartáveis por granja ou núcleo também devem ser seguidos à risca conforme o procedimento interno de cada companhia.
Toda visita deve ser registrada, e esses registros devem ser mantidos nas respectivas áreas.
Ainda para um maior esclarecimento, consideramos que além do vazio sanitário inicial, também deve ser obedecido o vazio sanitário entre as empresas, ex: um auditor chega ao Brasil, cumpre 72 horas de vazio sanitário e visita à planta de uma empresa; caso este tenha que visitar uma outra companhia deverá novamente cumprir uma quarentena de 72 horas para áreas de aves vivas, e 48 horas para abatedouros (pós-chiller), industrializados, termoprocessados, etc.
1) Procedimentos importantes por parte do produtor:
• Proibir qualquer visitante às granjas;
• Exigir que o técnico/veterinário utilize roupas e calçados próprios exclusivos por propriedade;
• Proibir a entrada de veículos não pertencentes ao processo, e recomenda-se desinfetar todo o veículo que necessariamente tenha que ter acesso às granjas (pinteira, frangueiro e transporte de ração);
• Destinar as aves mortas ou eliminadas unicamente à compostagem ou incineração;
• Fazer tratamento adequado ou fermentação sempre que retirar a cama do aviário;
• Manter um controle efetivo de pragas;
• Limpar e desinfetar as instalações de acordo com orientação técnica;
• Sempre que houver algum problema no lote comunicar o técnico ou veterinário;
• Não ter criação de nenhuma outra espécie de aves na propriedade, inclusive eliminando imediatamente após o carregamento as aves de consumo do próprio lote;
• Garantir que as fontes de água estejam protegidas do contato de animais silvestres.
2) Procedimentos importantes por parte dos técnicos ou veterinários:
• Sempre devem visitar os lotes mais novos e depois de maior idade (deixando sempre por último os que tiverem desafios sanitários);
• Devem usar roupas e calçados exclusivos por propriedade;
• Devem deixar veículos fora da área restrita da granja;
• Verificar se os integrados/parceiros cumprem com os requisitos de biosseguridade;
• Utilizar somente produtos veterinários aprovados pelos mercados consumidores;
• Comunicar as áreas afins da empresa e governo sempre que ocorrer qualquer fato sanitário que possa indicar alguma doença de caráter emergencial”.
Por Valter Bampi, médico veterinário e executivo avícola.