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Comentário Avícola

Comportamentos x Competências - Por Valter Bampi

Ter bom relacionamento e boa postura dentro do ambiente de trabalho pode pode abrir caminhos para a carreira de qualquer profissional, incluindo o avícola.

Relacionar-se bem com o chefe, colegas e subordinados pode abrir caminhos para a carreira, mas mais importante do que isso é facilitar o trabalho no dia a dia e evitar desgastes desnecessários no campo pessoal e profissional. Muitas vezes, não basta ser ótimo no que faz e ter uma excelente qualificação se o profissional não souber lidar com o seu líder nas rotinas comuns, também com seus pares e equipe de trabalho. O final da história pode ser a perda de oportunidades e promoções e situações de estresse que poderiam ser evitadas, caso essa relação não for bem gerenciada. Já ouvimos a declaração de executivos que contratam profissionais pela competência e posteriormente tem que demiti-los pelo comportamento.

Não se trata, claro, de se transformar do dia para a noite no “puxa-saco” do escritório, mas de saber a melhor forma de tratar dos mais diversos temas com seu gestor. Só tem a ganhar o funcionário que tiver uma percepção geral sobre a personalidade do seu líder imediato. É uma questão estratégica: entendendo a maneira com que ele quer ser tratado e a melhor forma de abordá-lo é o modo mais fácil de atingir um objetivo. Em alguns casos, são os conflitos desnecessários, e não apenas as grandes questões, que acabam gerando uma demissão. A dificuldade do funcionário muitas vezes é conseguir implementar as suas idéias sem estabelecer um confronto direto com o líder, colegas e subordinados. Por isso que é importante entendê-los melhor, assim as atitudes de todos serão melhores vistas e com mais chances de acabarem implementadas.

Além da personalidade do chefe, há também outras variáveis a serem levadas em consideração, considerando basicamente três tipos de executivos: o gestor (que planeja e controla as hierarquias e atividades), os líderes (com habilidade de tomar a frente e conduzir o grupo) e o coaching (preocupado com que os funcionários cresçam). É claro que, além do colaborador, é interessante que o próprio líder identifique a sua maneira de agir com o grupo. Samuel Lima, diretor corporativo de relações institucionais da holding do Grupo Votorantim e autor do livro Gestão do Conhecimento e Relacionamento coloca que o chefe  conhecedor das suas limitações, além das próprias habilidades, torna-se um propulsor de conhecimentos. O verdadeiro líder é apaixonado pelos desafios, tem que inspirar as pessoas e ser visto como um exemplo no âmbito de 360 graus, ou seja, na Empresa, na Comunidade, pelo Chefe, Colegas e Subordinados. Não tenho essa estatística, mas acredito que quem mais demite nas organizações não são os lideres e sim os colegas e os subbordinados.

Por Valter Bampi, médico veterinário e executivo avícola.