A avicultura de corte atualmente vive numa evolução tão grande que precisamos criar alguns parâmetros para tomar decisões rápidas.
Estou falando hoje para os profissionais que frequentam diariamente ou até várias visitas por dia em granjas para orientar, decidir sobre o desempenho do manejo e ambiência na criação.
Sabemos que fazer avicultura hoje em dia depende muito da mão de obra do tratador e avicultor, e precisamos que as empresas vejam estas pessoas com olhos de valorização de parceiros realmente pois são eles quem estão dentro dos galpões diariamente, e esta mão de obra é que faz a diferença nos patamares que estamos atualmente dentro do negócio avícola.
A simples ideia que me refiro neste artigo é a RELAÇÃO DO Nº DE FRANGOS COMENDO COM O Nº DE FRANGOS BEBENDO. Esta relação precisa ser de > do que 5 comendo por 1 bebendo. Quanto maior for esta relação (5×1) melhor. Esta relação pode chegar a 10×1, excelente. Se a relação for menor que 5×1, significa que temos problemas de conforto térmico para os animais.
Só podemos chegar a esta conclusão após uma série de contagens de comportamento dos frangos submetidos a diversos ambientes de conforto térmico.
Os diversos ambientes submetidos foram:
• Oscilação de temperatura
• Oscilação de ventilação
• Oscilação de umidade relativa.
Os itens parametrizados foram:
• Quantas vezes um frango vai ao comedouro em 24 horas?
• Quanto tempo ele fica no comedouro a cada vez que ele vai?
• Quantas vezes o frango vai ao bebedouro em 24 horas?
• Quantas vezes ele aciona o nippel a cada vez que ele vai?
Em todos os casos tivemos oscilação de comportamento e de tempo quando submetemos a oscilação de conforto térmico.
Com isso chegamos a uma conclusão simples e pratica que é produtivo a relação ser = ou > que 5×1. Quanto mais alto o primeiro, melhor.
Com este estudo pratico fica fácil visualizar conforto térmico no primeiro instante de chegada em um lote de frangos. Essa técnica pode ser muito usada por tratadores, avicultores, técnicos e veterinários que visitam e trabalham nos galpões.
Pouca adianta um profissional que trabalha no dia a dia da avicultura estar seguindo protocolos escritos, planilhas de sugestões de ventilação, umidade, temperatura, se não tiver esta percepção de comportamento dos animais nos comedouros e bebedouros.
Valmor Ceratto – Granja São Roque
Avicultor, Administrador, Consultor
Maringá (PR).