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Uso racional de antibióticos na alimentação animal - Por Ariovaldo Zani

Enquanto a indústria defende o uso controlado e monitorado destes aditivos, ativistas falam em proibição. Em artigo, Ariovaldo Zani defende com segurança o uso dos antibióticos.

Um dos principais temas abordados durante todo o ano é o uso racional de agentes melhoradores de desempenho na alimentação animal. Entidades representativas do setor de avicultura e suinocultura estão atentas à regulamentação do governo e dos países compradores do produto brasileiro, assim como às necessidades do mercado interno. A discussão é grande: enquanto a indústria acredita no uso controlado e monitorado desses insumos, verdadeiros moduladores dos índices de produtividade, de forma preventiva, sustentável e, principalmente, segura, existe uma corrente liderada por ativistas que acredita que o uso dessas substâncias deveria ser terminantemente proibido. Essa corrente não leva em consideração o fato de que suprimir o uso controlado e racional dos melhoradores de desempenho aumentaria a incidência de doenças em aves e suínos, o que demandaria a ação terapêutica em doses muito maiores.

As interfaces da cadeia de produção de aves e suínos têm se mobilizado para treinar e educar profissionais em todo o Brasil. Em parceria com outras entidades, o Sindirações está organizando um workshop que visa a esclarecer profissionais da indústria e fiscais do Governo em torno do tema. A primeira edição do workshop será realizada ainda no final de abril em Campinas (SP), mas a programação de cursos terá duração durante todo o ano, em diversas cidades.

O objetivo é divulgar, tecnicamente, como os agentes melhoradores de desempenho agem no organismo dos animais e, principalmente, o quão seguro é o consumo dessa carne no organismo humano. O setor está engajado e atento com a segurança dos alimentos e a saúde pública, e a principal solução para combater correntes de pensamento que divulgam informações equivocadas é o esclarecimento e a transparência. Somente assim, poderemos desenvolver uma indústria de alimentação animal segura, que garanta suprimento de carne suficiente e de forma saudável para satisfação da população mundial e combate à fome.

Por Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).