Apesar de quedas, preços do suíno vivo ainda sustentam poder de compra

Os preços do suíno vivo vêm despencando, com quedas observadas em todos os meses de 2013, segundo informações do Cepea. No entanto, o patamar de preços em abril, em termos nominais, ainda é maior que o verificado em todos os meses de abril de anos anteriores, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 2004. No mercado de insumos, a previsão de safra recorde de milho no Brasil tem pressionado as cotações do grão. Após atingir valores recordes nos últimos meses do ano passado, o cereal tem apresentado sucessivas desvalorizações em 2013 nas regiões pesquisadas pelo Cepea. Em relação ao farelo de soja, a safra nacional do grão também em patamar recorde e problemas de estocagem e de transporte têm influenciado quedas nas cotações do derivado. Nesse cenário, o poder de compra do suinocultor frente ao milho e ao farelo de soja está melhor que em abril do ano passado. 

Quanto aos Indicadores do Suíno Vivo Cepea/Esalq, os valores seguiram recuando entre 18 e 25 de abril. A queda mais acentuada, de 6,7%, foi observada no Paraná, onde o quilo do animal passou para a média de R$ 2,38 nessa quinta-feira, 25. Nos demais estados sulistas, houve queda de 6,3% no Rio Grande do Sul e de 3,9% em Santa Catarina – nessas regiões, o preço médio pago ao produtor foi para R$ 2,40/kg e R$ 2,45/kg, respectivamente. 

No estado de São Paulo, o recuo nas cotações foi de 5,8% nos últimos sete dias, a R$ 2,59/kg, em média, no dia 25. Em Minas Gerais, o preço permaneceu estável a R$ 2,95/kg. Quando aos preços da carcaça comum no atacado da Grande São Paulo, houve baixa de 4,1% no período, com o quilo da carne comercializado na média de R$ 4,06/kg nessa quinta. A carcaça especial apresentou queda de 3,7% sobre a quinta anterior, a R$ 4,37/kg.