A carne suína continua se desvalorizando no mercado atacadista nesta última semana do mês. Segundo colaboradores do Cepea, a tradição religiosa de não consumir carnes, em especial a suína e a bovina, na Quaresma tem se enfraquecido, mas a redução da demanda por este motivo ainda não pode ser negligenciada na análise do mercado suinícola brasileiro. Neste início de ano, representantes da indústria consultados pelo Cepea apontam que o principal motivo das sucessivas desvalorizações da carne no atacado e, por consequência, do suíno vivo, é a retração da demanda. Nem mesmo a isenção de impostos federais sobre a comercialização das carnes no varejo, em vigor desde o início de março, tem impulsionado as vendas.
Entre 21 e 27 de março, a carcaça comum suína desvalorizou 2,4% no atacado da Grande São Paulo, com o quilo passando para a média de R$ 4,76 nessa quarta-feira, 27. A carcaça especial teve queda de apenas 0,6%, a R$ 5,06/kg.
Quanto aos Indicadores do Suíno CEPEA/ESALQ, no mesmo período de análise, foi o de Minas Gerais o que mais recuou, 2,5% em sete dias – naquele estado, o quilo do animal passou a ser negociado na média de R$ 3,49/kg no dia 27. Em São Paulo, o suíno vivo passou para R$ 3,18/kg, com queda de 1,2% em sete dias.
No Sul do País, houve queda de 1% no Indicador do Paraná, onde o suíno foi comercializado, em média, a R$ 2,90/kg nessa quarta. No Rio Grande do Sul, o quilo do vivo passou para R$ 2,81/kg, baixa de 0,7% entre 21 e 27 de março. Em Santa Catarina, o preço médio pago ao produtor permaneceu estável a R$ 2,85/kg.
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Indicadores de Preços do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ |
Carcaça Comum |
||||
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MG |
SP |
PR |
SC |
RS |
SP |
21/mar |
3,58 |
3,22 |
2,93 |
2,85 |
2,83 |
4,88 |
27/mar |
3,49 |
3,18 |
2,90 |
2,85 |
2,81 |
4,76 |
Var. Semanal |
-2,5% |
-1,2% |
-1,0% |
0,0% |
-0,7% |
-2,4% |
Preço recebido pelo produtor (R$/Kg), sem ICMS
Fonte: Cepea/Esalq.
Para mais informações, acesse: www.cepea.esalq.usp.br/suino