Os “magos” – que todos sabem – decidiram denominá-la gripe suína. Vamos falar de como sentimos uma punhalada no estomago. Nossa indústria suína prejudicada durante os dois últimos anos devido margens de utilidade negativas e novas perdas significantemente aumentadas pelos subsidios do governo à produção de etanol a partir do milho, enfrenta agora um novo assédio “oficial” pela parte de muitos governos que não tiveram a precaução e capacidade de dar o nome apropiado a esta nova epidemia. O que tem sido feito é criminal com nossa indústria. Finalmente tomaram controle do nome, apesar de ser uma gripe que não tem nada que ver com a espécie suína, mas já era demasiado tarde. O dano ocasionado nos mercados norte americanos foi de ordem dos $20 em redução do preço por cabeça na semana passada. Em nossa opinião, se há dinheiro para tirar da crise o setor automobilistico e o bancário que se afundaram por sua própria estupidez e avareza, seria mais que justificado compensar aos produtores suínos das perdas financieras atribuidas a gripe suína. Cremos que é muito justo.
As noticias jornalisticas sobre a famosa gripe foram histéricas e mal intencionadas e também causam riso, 35.000 norte-americanos morrem anualmente de gripe e em um mal dia nos Estados Unidos podem morrer 150 pessoas em acidentes públicos. Cremos que perdeu qualquer sentido das proporções. As marionetes de carne que lêem as noticias toda noite na televisão não entendem a relevância de uma noticia e se limitam a difundir-la sem mais. Qual virus vem dos suínos? Algum deles estará se preguntando quantos dos 500.000 trabalhadores do setor de suinocultura na América do Norte contraiu a gripe? Até onde sabemos não há nenhum. Demais simples, para estes simplistas. Está ocorrendo igual ao que vivemos com o Y2K na mudança de milênio e o suposto colapso dos computadores no mundo inteiro. Muitos investiram muito dinheiro em prevenir a catastrofe, outros não fizeram nada. A única diferença, 2 janeiro, o dinheiro gasto, dinheiro ido! E as marionetes de carne rapidamente se dirigiram para buscar a seguinte crise. Os meios de comunicação de 24 horas necessitam saciar-se de novas crises, tal como os adictos necessitam desesperadamente sua porção de cocaina, eles não podem viver sem isso.
Na quarta-feira passada, enquanto esperávamos um vôo de conexão no aeroporto O´Hare de Chicago, víamos como CNN dava aos 4 ventos a noticia da “gripe suína”, claro estávamos vendo, pois nossa razão de viver estava no campo de jogo; um pouco depois dirigimos a ver ao redor e víamos como outras 34 pessoas que estavam em frente da televisão nem sequer se viraram para ver a televisão, éramos os únicos. Por quê? Não sabemos talvez os uivos dos lobos “informando” de crise atrás de crise tem deixado as pessoas indiferentes. Nós as observávamos, repito, porque em nossa vida, é algo pessoal, mas cremos que se estivessem referido a “gripe ovina” pouca ou nenhuma atenção tivéssemos posto a isto, o mesmo que as demais pessoas. Se esta premissa é certa e se não morre mais pessoas para incendiar as noticias, cremos que esta história passará muito rápido e os mercados começarão sua recuperação de novo. Como eles mesmos dizem se não há noticias é porque são boas noticias.
A gripe de 1976
Em 1976 houve uma rápida propagação em torno de uma terrible gripe nos Estados Unidos, e todo o mundo pode comprovar como uma má notícia pode propagar-se mais “virulentamente” que uma gripe…. ao final tudo resultou ser um fiasco, não soa algo familiar esta história?
A história nos conta que um soldado morreu em Fort Dix, New Jersey em fevereiro de 1976. Imediatamente o presidente Ford anuncia uma inoculação massiva de cada cidadão americano a um custo de $135 milhões de dólares. A notícia se propagava mostrando imagens e estadísticas da epidemia da gripe espanhola de 1918 (soa familiar também).
Rapidamente os gigantes farmacêuticos se alistaram para fabricar as vacinas – uma vez o dinheiro foi liberado – Estas empresas farmacêuticas exigiram e receberam imunidade de demandas civis que pudessem surgir em caso de complicações com as vacinas fornecidas. E as demandas surgiram seu efeito, em poucos meses um espiral de caso de paralisia da síndrome de Gillian – Barre começaram a ser reportadas incluindo 25 mortes. Todos os casos foram rapidamente associados com a vacina e o governo americano teve que pagar outros $90 milhões de dólares para atender as demandas civis. As empresas farmacêuticas, previamente blindadas, saíram incólumes e o que é ainda melhor, com os bolsos cheios!
Ao final 45 milhões de americanos receberam a vacina, 25 presumivelmente morreram por ser inoculado com dita vacina, centenas de pessoas ficaram inválidos e somente uma pessoa morreu pelo que se considerava a mais terrível das epidemias, o soldado de Fort Dix, New Jersey.
Muito dinheiro e muito barullo mas ao final nada… Nunca aprenderemos?
Janeiro |
46.60 |
Fevereiro |
47.70 |
Março |
45.80 |
Abril |
47.10 |
Maio |
48.90 |
Os preços dos suínos na crise “gripal” de 1976 se mantiveram e não mostraram um dano dramático em largo prazo. A grande diferença com 2009, é que agora dependemos das exportações. Esperamos que a Organização Mundial de Saúde com suas regulações nos dê um aval no sentido de que não há efeitos colaterais no consumo da carne suína que exportamos.
Autor: Jim Long Presidente da Genesus Genetics
Tradução: Fernando Ortiz Gerente de vendas Genesus em Ibero-América / Joice Miotto Gaiotto