Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Comentário Suíno

Comentário Suíno: Otimismo: se você não tem, pode muito bem se embalar nele

<p>Na coluna desta semana Jim Long lista uma série de perspectivas que podem trazer dias melhores para a suinocultura norte-americana. Para ele, apesar dos reflexos brutais da crise, a recuperação está a caminho. Confira.</p>

Produtores como nós diariamente acreditam no futuro. Plantamos uma safra, e acreditamos que choverá, será quente o suficiente (não haverá seca, inundação, granizo, geada, etc…) e preços altos. E ter fé é otimismo. Não é diferente com a produção de suínos. Reproduzimos uma porca, esperamos que não contraia doenças, que os preços dos suínos estejam ok, que tenhamos alimentos disponíveis e preços justos, etc… Dez meses depois da criação vendemos o suíno para o mercado. Precisamos de fé e otimismo.

Todos os produtores são otimistas por natureza. Infelizmente, em tempos como os de agora é difícil manter o otimismo. Vinte e quatro meses de perdas, H1N1, o etanol de milho, a crise global financeira colocou-nos dentro de um território negativo.

Nas atuais condições há produtores abandonando ou reduzindo suas porcas efetivas. Nas últimas duas semanas o abate de porcas nos EUA teve uma média de 70.000 – um indicador de real liquidação. Produtores estão ficando sem capital e coragem. Quando você não tem dinheiro para pagar as contas, é somente uma questão de tempo até que esteja superado.
 
Para registro, o abate de porcas nos EUA deste ano até hoje é 3% menor que o ano passado. Os preços de porcas de carne magra em agosto passado eram maiores que 80 centavos. O H1N1 devastou nossa demanda nacional e global, enquanto os picos dos preços de alimento aumentaram nossos custos de produção nos últimos dois anos.

Previmos que o mercado alcançaria os 90 centavos neste verão. Erramos. A maioria, se não todos os outros comentaristas, ficaram em torno de 80 centavos. Nenhum previu 45 centavos a carne magra. Nenhum previu o H1N1 (infelizmente taxada como gripe suína). O ponto é que ninguém sabe o futuro; os profetas que nos dizem que perderemos dinheiro nos outros nove meses, não sabem. Nós nunca ouvimos nenhum deles dizerem aos produtores saltar em outubro de 2009 as carnes magras futuras quando elas eram 80 centavos.

Entendemos que uma das celebridades bancárias de nossa indústria costuma exclamar em suas apresentações: “Não acreditem no otimismo de Jim Long”. Tomamos isso como um elogio. Esta indústria não foi construída por pessoas otimistas; por natureza nós somos todos otimistas, nós temos que ser. Se você está reproduzindo uma porca hoje, você esta otimista que no próximo mês de julho os preços do suíno aumentaram. Se não, porque se preocupar?

Porque o otimismo de Jim Long se justifica?

•  A liquidação está em curso nos EUA e Canadá. Nós esperamos que desde primeiro de junho 150.000 porcas tenham sido liquidadas ou a decisão de fazer tenha sido tomada.

•  Os preços dos alimentos estão caindo. A colheita de milho nos EUA está “guardada” para estourar. Isso reduzirá o equilíbrio da receita com a despesa.

•  O clima deste verão através do Meio Oeste foi o mais frio nos registros. Os suínos têm um crescimento rápido – uma semana? Dez dias? Tudo o que é, ele tem empurrado pesos e suínos no mercado. Você só comercializa uma vez. Nós acreditamos que um milhão de suínos tem empurrado 3.5 dias para a frente, apesar de maiores pesos de mercado. Preços teriam sido totalmente diferentes neste verão se nós tivéssemos 100.000 a menos comercializados em uma semana (um milhão, dividido por 10 semanas). Nós esperamos que a comercialização desta queda seja inferior ao esperado.

• H1N1 (gripe suína) tem batido nossa demanda. Esperamos que ela vá por Y2K. Muito barulho e então nada aconteceu. É inverno no hemisfério sul, eles têm H1N1, e não é um desastre. É uma gripe. Nós a temos todos os anos. Nós esperamos que levará 90-120 dias, e quando não há desastre todas as redes de notícias e os fabricantes de remédios vão mudar para outras crises fabricadas”. A demanda então pegará, como consumidores, embaladores, varejo, e serviço de alimentação recuperar a confiança na carne suína.

•  Alimentadores suínos de DTN Agdayta Livestock Margin passaram do valor de 0 para $ 23 nas últimas três semanas. Esperamos que os alimentadores de suínos de 45 libras excedam $ 55 em janeiro como o fornecimento de suíno mais lento e os preços de alimentos ficam na ordem atual.  

• Fazemos consultoria suína de apoio para uma grande empresa em Nova York. Há muitos inquéritos de exploração cancelados (divisa de fundos) para recomendações sobre liquidação de porcas, abastecimento de suínos, e preços de mercado. Na última vez tivemos muitas perguntas (exportações da China) foi no verão passado pouco antes de registros de abalo nos preços. Os fundos estão olhando o cenário para uma grande execução. Esperamos que eles saltarão e empurrarão o futuro do suíno magro. Eles não se importam se é aço, madeira, milho, etc…

•  Nossos contatos no Brasil contam que os produtores têm perdido $ 50 dolares por cabeça. Tem tido liquidação de porcas. Ninguém sabe ao certo porque não há estatísticas oficiais. O Brasil é o maior exportador de carne suína; os cortes de lombo no Brasil só ajudam as perspectivas de preços suínos para todos.

•  O preço do presunto subiu nas últimas semanas. O México é o maior importador do presuntos norte-americano. No México os suínos estão 65 centavos peso vivo por libra (19.5 pesos por quilograma). Informativos do México dizem que até 35% do efetivo de porcas tenha sido liquidada. Mais presuntos irão para o México, especialmente depois de acabado o susto do H1N1.
 
Sim nós somos otimistas; É brutal, mas hoje vemos que a recuperação está a caminho. Não só pelo retorno do abastecimento de cortes, mas para que a demanda aumente nos próximos meses.

Autor: Jim Long Presidente da Genesus Genetics  
Tradução: Glaucio Amaral e Joice Mioto Gaiotto/Gessulli Agribusiness