Cotações do suíno registram fortes quedas em MT

Exportadores de Mato Grosso têm passado por dificuldades no escoamento da produção para o mercado internacional e, como alternativa, têm negociado com compradores de estados vizinhos. Segundo pesquisadores do Cepea, a Rússia era o principal importador da carne suína de Mato Grosso, mas ainda mantém suspensas as aquisições de plantas frigoríficas instaladas nesse estado. Com isso, as agroindústrias dão preferência ao abate da produção integrada, e os suinocultores independentes procuram mercados próximos para comercializar seus animais. Pesquisadores do Cepea comentam que, mesmo buscando alternativas, os preços do animal vivo no estado são os que apresentam as maiores quedas. Os valores pagos ao produtor independente da região de Sorriso, por exemplo, recuam mais de 12% na parcial deste mês. Pesquisadores do Cepea relatam que, pelo menos, o produtor mato-grossense conta com a vantagem de ter insumos a preços menores que no Sul e Sudeste do País. 

Quanto aos preços pagos ao suinocultor no Sul e Sudeste do País, as quedas também vêm sendo expressivas. No estado de Minas Gerais, por exemplo, o Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ recuou 7,1% em sete dias, com o quilo do animal passando para a média de R$ 3,13 nessa quinta-feira, 11. Vale lembrar que Minas é um dos principais estados que tem recebido animais e carne do vizinho Mato Grosso. Ainda no Sudeste, o preço do animal recuou 2,4% em São Paulo, a R$ 2,89/kg na quinta. 

No Sul do País, foi em Santa Catarina que o valor do suíno mais recuou, 4,6% entre 4 e 11 de abril, passando a ser comercializado na média de R$ 2,68/kg nessa quinta. No Rio Grande do Sul, o quilo do vivo passou para R$ 2,66 e, no Paraná, para R$ 2,69 – nessas regiões, as desvalorizações foram, respectivamente, de 2,6% e 2,2% nos últimos sete dias.