Após 30 meses de nossa atividade perdendo dinheiro, a expectativa que o preço do porco de abate rompe a barreira de $ 80,00 por 100 libras de carcaça é bastante prevalente.
Os produtores foram punidos financeiramente e há um temor real de que alguma coisa como a Gripe Suína (H1N1) do ano passado possa aparecer e estragar a festa. É um sentimento lógico, quando você considerar que o nosso Governo está determinado a aumentar nossos custos com o fiasco de etanol de milho, uma crise financeira interna e global, a nossa indústria se defendendo contra os ambientalistas e os promotores dos direitos dos animais. E ainda há a maldição de ter chamado o vírus H1N1 de Gripe Suína. Junte tudo isso e temos um prejuízo de US$ 6 bilhões para a indústria suína nos EUA nos últimos 30 meses. Jogue ainda um prejuízo de mais de um bilhão de dólares no Canadá, e um bilhão no México. A carnificina foi real e devastador. É de estranhar que os produtores esperam para ver de onde vem o próximo tiro?!
A apreensão na antecipação é um sentimento real, mas vemos fortes indícios de que é a nossa vez como uma indústria de ganhar algum dinheiro.
• As economias doméstica e global estão melhorando. O PIB n os E.U.A. e no Canadá está superando as previsões dos peritos (talvez não estejam peritos mas sim economistas!).
• O preço da alimentação parece ser viável para os produtores de suínos, apesar de etanol de milho. Felizmente o resto do mundo não embarcou nesta onda de queimar comida e este fato reduz as exportações de milho dos EUA.
• Não há muito de positivo nas questões de direitos dos animais ou da frente ambiental além do fato que o consumo per capita de carne e frango, ainda é perto de máximos históricos. Isso significa que a demanda por carne continua constante apesar dos ataques em dobro contra a nossa indústria!
• Um ano atrás, o preço Iowa-Minnesota de carcaças era US$ 57 por 100 libras . Agora é $ 20 mais alto. Isso representa US$ 40 por cabeça mais. A oferta de suínos caiu um pouco, mas não o suficiente para justificar uma diferença de US$ 40 por cabeça. É a demanda nacional e mundial que tem provocado o aumento.
• Maior demanda de carne pode ser visto no mercado de gado nos EUA, com o preço chegando a $ 1,00 por libra de peso vivo. No ano passado era 85 centavos por libra. Isso representa cerca de 125 dólares a mais por cabeça. A produção de carne caiu somente 1% este ano até agora. Obviamente a demanda por carne de gado, como a de suínos, está subindo.
• O preço de frangos nos EUA subiu 3,5% este ano, está em 85 centavos por libra, um aumento de 10 centavos de dólar por libra comparado com o ano passado.
Conclusão:
Os preços de suínos, gado e frangos são significativamente mais altos em comparação com um ano atrás, refletindo demanda doméstica e global mais forte. Isso promete bem para o verão pois preços mais altos de gado e frangos ajudam a criar um cenário onde o preço do suíno pode subir. Continuamos acreditando, há meses, que o preço da carcaça suína chegue a 90 centavos por libra neste verão.
É o mercado que importa
Na semana passada, assistimos a uma apresentação em que o palestrante falou sobre a promoção de Carne Suína Canadense como maneira de aumentar procura no mercado canadense. Toda a discussão na reunião foi favorável a esta idéia. Como de costume, talvez -, discordamos. Certamente, há pouco motivo para crer que a rotulagem de carne suína pelos EUA como Produto Americano tem aumentado a demanda dos consumidores dos EUA. Ouvimos falar de pesquisas em que os consumidores canadenses, quando solicitados, dizem que preferem a carne suína canadense. Grande coisa! Pergunte se eles preferem qualquer coisa canadense, seja carros, alimentos, roupas, etc … eles vão dizer ‘sim’. A realidade é que muitos que dizem sim dirigem carros estrangeiros, comem comida estrangeira, e não dão bola para a origem das roupas que vestem. Geralmente não se importam se a carne suína é dos EUA ou do Canadá. De qualquer jeito é carne segura e nutritiva.
Seis milhões de suínos canadenses vão para os EUA cada ano, grande negócio se a carne de porco equivalente volta para o Canadá!
Acreditamos que a construção de uma marca-país erra o alvo, seja do Canadá ou dos EUA. As mesmas pesquisas que dizem que os consumidores preferem a sua carne nacional também indicam que os consumidores querem sabor, cor, textura, sabor, conveniência, etc… É tolice construir uma marca baseada no país de origem. Nosso marketing da indústria deve centrar-se em satisfazer o desejo real do consumidor. Uma boa experiência gastronômica!
Para isso, devemos ir além de papo furado e desenvolver a genética que oferece gosto e sabor. Isso significa gordura intramuscular suficiente. A indústria precisa parar de usar qualquer genética com Pietrain. Eles são muito magros e sua carne é reprovada na maioria dos testes de sabor de carne. Se é que queremos aumentar a demanda, devemos perguntar por que são barrigas (bacon) e costelas, os dois produtos mais gordos, agora tem os maiores preços dos cortes derivados da carcaça. É a demanda! Os consumidores votam com seu dinheiro. Se é que queremos elevar a demanda, precisamos voltar para trás e desenvolver um programa de produtos e marketing que vai além de slogans e nacionalismo.
Tradução: Genesus Inc.