Para quem esperava ou condicionava sua continuidade na suinocultura, as promessas e as ações governamentais mais uma vez foram frustrantes. Olha que não foi por falta de empenho das entidades do setor, tão menos pelas ações do governo. Quando falo “mais do mesmo remédio” é porque não há nada de novo, diferente do que já foi feito de específico para o setor independente. Não há, nem mesmo, unanimidade nos pedidos, atendidos ou não por parte do setor.
Vejo mais uma vez o governo de Santa Catarina agindo heroicamente, inclusive se contradizendo em relação aos seus últimos posicionamentos e retirando mais uma vez o ICMS do suíno vivo terminado na transação interestadual. Este foi um apelo muito forte de suinocultores da região do meio oeste do estado, com intuito, segundo seus próprios depoimentos, de levar animais vivos ao Nordeste Brasileiro.
Para quem não sabe, exatamente nesta região tem um frigorífico com SIF, aprovado inclusive para exportar para o Chile, construído com grandes investimentos públicos do Estado e Município, que está fechado há vários anos, mesmo com pedidos protocolados de intenção de compra. Não me parece nada salutar do ponto de vista econômico, social e de bem estar animal, levar animais vivos daqui até o nordeste quando poderíamos levar o produto pronto, acabado, com mão de obra e valor agregado.
Se quisermos ter respostas objetivas e direcionadas a este setor, conhecido como Independente, precisamos buscar ações claras e que estejam a nosso alcance e acima de tudo: mudando nossa conduta individualista de vender porco para produzir e ganhar dinheiro com carne suína.
Wolmir de Souza, presidente Instituto Nacional da Carne Suína (INCS).