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Comentário Suíno

Mercado suíno angustiado - Por Jim Long

Carne suína rende mais, porém, não supre as perdas sofridas pelos suinocultores dos EUA nos últimos 2 anos e meio. Para Long, o milho deve guiar os rumos do mercado suinícola nas próximas semanas.

O mercado de suínos dos EUA e Canadá está angustiado. A rápida valorização do dólar americano desde meados de abril, em relação a outras moedas globais, tem prejudicado a competitividade das exportações de carne suína dos Estados Unidos. Os 10% de aumento do dólar, em muitos aspectos, refletiu em menor preço recebido pelo mercado de suínos.

O mercado suinícola dos EUA continua abaixo dos níveis do ano passado níveis (-3,6%). Isto é um reflexo dos plantel reduzido relatado ultimamente pelo USDA. Isto é positivo para os preços, que permanecem acima dos “níveis de lucro”. Infelizmente, o dilema da nossa indústria é que os suínos, apesar de rentáveis, não são a cura para o buraco enorme no patrimônio feito nos últimos trinta meses antes de abril. Neste momento, podemos conseguir US$ 12-15 por animal em lucros, mas isto não é bonanza!

O único fator que poderia ser uma fresta de esperança no preço é que a necessidade de exuberância foi levada para a “psicologia de expansão” do suinocultor. Em alguns dias, eu me pergunto se a única maneira de se conseguir compradores de carne suína e mantê-los animados seria enviar viagra para eles.

Outras observações:

Os preços das matrizes continuam fortes, com 500-550 libras trazendo 57 centavos de dólar por libra na semana passada. A demanda por salsicha demanda deve estar boa.               
        
Lucros do desmame precoce estão por volta de US$ 40, 40 libras de ração suína. Preços extremamente fortes para esta época do ano. Obviamente, reflexo da menor oferta de suínos e espaços vazios em baías de terminação.

 
O USDA revisou, na semana passada, o cenário do milho mostrando menor volume de estoque e abastecimento. Este milho aumentou 30 centavos de dólar por bushel. O mercado de milho nas próximas semanas será o o guia. Ele deverá ser volátil. As exportações de milho dos EUA parecem estar caindo. A alta do dólar está afetando a demanda da exportação de milho, da mesma forma como ela teve um efeito negativo sobre os preços do porco norte-americano.

Continuamos a ouvir dos produtores considerando desistir da atividade – eles estão cansados. Granjas e equipamentos continuam envelhecendo e deteriodando-se. A transição “genérica” é um dilema contínuo. Muitos nos disseram que não querem seus filhos abandonados na indústria suína. A demanda por ganhos contínuos de produtividade para se manterem competitivos pesa sobre as pessoas. Tudo isto acrescentado, em nossa opinião, à contínua erosão da base de produção. Um reflexo disto é a queda das baías suínas. Quantas são reconstruídas?

Demanda Global

Nem tudo é desolador. O Secretariado Internacional da Carne está projetando crescimento global de carne bovina e suína de 40% em 2025. Para atender esta demanda de carne, teremos de produzir globalmente mais de 400 milhões de suínos em um ano. Ao longo dos próximos 15 anos, temos um aumento de 30 milhões, acrescido da produção mundial anual. Essa é a expansão da produção do Canadá a cada ano.
 
Acreditamos que a carne suína global para exportação será produzida nos EUA e no Brasil, mas, todos os países se beneficiarão do aumento da demanda de carne de porco para as populações crescentes.
 
A mensagem principal disso tudo é que a carne suína é querida! 44% da proteína de carne consumida no mundo é suína. A demanda global de carne de porco está crescendo. Nós não estamos produzindo um produto indesejado, uma vez que é esperado um aumento de demanda em 40% em 2025 (2,5% por ano), o que é um grande sinal de que estamos em uma indústria com pernas.

Tradução: Gessulli Agribusiness