Oferta limitada de suínos influencia recuperação dos preços

Produtores consultados pelo Cepea afirmam que as altas verificadas em todas as regiões pesquisadas estão atreladas principalmente à oferta limitada de animais para abate, pois a demanda não teve aumento significativo. Representantes de frigoríficos, por sua vez, atribuem os reajustes à decisão de produtores de postergar as vendas na tentativa de obter melhores preços. No cenário internacional, informações da Secex apontam queda nas exportações de carne suína na terceira semana de maio – nos últimos meses, os resultados também ficaram abaixo do esperado. O embargo imposto pela Ucrânia teve participação nesse saldo, mas a perspectiva é de retomada dos embarques aos ucranianos até junho e, para o segundo semestre, pode haver melhora das vendas para todos os países. Segundo agentes do setor, ainda não é possível retomar a expectativa que se tinha de aumento das exportações em 2013 frente a 2012, mas já se considera, ao menos, estabilidade. 

Nos últimos sete dias, entre 16 e 23 de maio, o Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ no estado de São Paulo teve alta de 8,7%, com o quilo do animal passando para a média de R$ 2,88/kg nessa quinta-feira, 23. Ainda no Sudeste, mais especificamente em Minas Gerais, o aumento foi de 4,8% em sete dias, com a média passando para R$ 3,06/kg nessa quinta. 

Quanto aos preços no Sul do País, o aumento nas cotações também foi expressivo no Paraná, de 8,6% desde a quinta passada – o preço pago ao produtor passou para R$ 2,52/kg no dia 23. No Rio Grande do Sul, o preço do vivo foi para R$ 2,43/kg e, em Santa Catarina, para R$ 2,47/kg, com altas de 3% e 1,6%, respectivamente, no período analisado.