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Comentário Suíno

Preço do milho em queda - Por Jim Long

As notícias sobre a crise econômica mundial impactam negativamente os preços de commodities, como o milho. Além disso, os Estados Unidos preparam-se para colher uma safra do cereal muito maior do que a esperada, o que deve favorecer suinocultores.

O milho de dezembro perdeu 53,5 centavos de dólar por bushel na semana passada, fechando na sexta-feira (23/09) em US$ 6,38. É muito bom assistir à queda do milho. Há pouco tempo atrás ele era cotado em US$ 7,79 e havia especulações de que o cereal poderia alcançar US$ 12,00 o bushel.

É claro que parte da queda de preço é creditada às notícias negativas que têm dominado o noticiário econômico global.

Não sei quão relevantes são os relatórios que estamos conseguindo, mas os primeiros indicadores vindos dos EUA mostram que os produtores de milho estão colhendo 20 bushels a mais por acre do que esperavam. A safra de milho muito maior do que a esperada é única boa notícia para os produtores de suínos.

Enquanto os preços do milho caíram, os preços futuros do suíno vivo ganharam US$ 1,45 por libra na semana, aumentando a margem de lucro para US$ 8,00 por cabeça.

Outras observações:

– Você pode ver a melhoria das margens de lucro do suíno através da agência de dados DTN, diariamente. Não muito tempo atrás, foi projetado que você poderia pagar US$ 30,00 por um comedouro para suínos. Na sexta-feira passada, ele foi projetado em US$ 50,78. Um aumento de US$ 20,00 por cabeça.

– A demanda por carne suína é grande. Na semana passada, foram comercializados quase 2,3 milhões de suínos. Isto representa 100 mil a mais do que a mesma semana no ano passado, apesar do número maior de suínos por semana. O preço do suíno magro é de US$ 7,00  superior – a cada 100 animais – na comparação com um ano atrás, de acordo com o USDA. Cortes de carne suína dos EUA em US$ 97,84 mostra um preço sem precedentes no alinhamento com o número de 2,3 milhões de suínos na semana. A demanda fantástica nas exportações de carne suína continuarão a apoiar os preços do suíno em todo o outono (primavera no Brasil).

– A demanda por carne suína será ainda auxiliada nas próximas semanas pela queda de comercialização de frango- cerca de 5 a 7% ano após ano, ou cerca de 10 milhões de frangos menos por semana. A menor quantidade de frango deve apoiar seus próprios preços, mas também deve ajudar a carne de porco.

– O relatório de setembro sobre bovinos e ração divulgado na última sexta-feira (23/09) surpreendeu. 1% a menos de bovinos, na comparação com o ano passado, surpreendeu o comércio, que estava à espera de mais 1%. Isto deve empurrar os preços do gado bovino para cima, e deve empurrar junto o preço da carne suína.

Tempos difíceis

Não é fácil ser um produtor de suínos. O preço da ração subiu a nível sem precedentes e o temos de preços mais altos tornou o mercado ainda mais difícil. Ficamos com uma sensação de pouco otimismo na indústria do porco. A sensação de que muitos se sentem abandonados na indústria de suínos com pouca oportunidade para escapar. Temos uma indústria que nos últimos anos alguns teve que lidar com margens negativas, com os preços altos da ração, com o H1N1 (gripe suína), com o bem-estar animal, com o etanol de milho, com o meio ambeinte, etc. Parece que não temos muitas pausas. O ponto positivo é que a demanda por suíno tem sido forte internamente e globalmente.

Isto permitiu que os preços do suíno magro alcançarem e ultrapassarem US$ 1,00 por libra. Nós esperamos “muito dos mesmos nos preços” nos próximos 12 meses. Como produtores de suínos, estamos produzindo um produto que as pessoas – internamente e globalmente – estão interessadas em adquirir com seu dinheiro. Isto já é uma força que temos em nosso negócio. Sem escolha, sem estratégia de saída, melhor que ficar focado em manter nossa posição: como a escolha número um dos consumidores de proteína do mundo.