Na primeira quinzena de dezembro de 2024, o preço do quilo da carne de frango apresentou aumento nas regiões de São Paulo, mas perdeu competitividade quando comparado à proteína suína. O levantamento parcial, realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), revela que, apesar da alta, o frango ainda é a proteína mais cara, superando apenas a carne bovina.
O preço do frango negociado no atacado das regiões da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado registrou um aumento desde novembro. Em 25 de novembro, o quilo da carne de frango estava cotado a R$ 8,08, passando para R$ 8,17 em 3 de dezembro e alcançando R$ 8,34 em 13 de dezembro. O frango resfriado também apresentou aumento no período, com o preço subindo de R$ 8,18 em 25 de novembro para R$ 8,30 em 13 de dezembro.
Por outro lado, a carne suína apresenta queda nos preços, principalmente em dezembro, refletindo a baixa liquidez e o aumento da oferta interna. O preço do quilo da carne suína pago ao produtor caiu cerca de 7%, passando de R$ 10,17 em novembro para R$ 9,51 em dezembro. Embora o mercado tenha mostrado um aumento nas cotações do suíno vivo de outubro para novembro, nos últimos dias a queda de preços foi registrada, em função da oferta maior que a demanda, o que afetou negativamente a liquidez da carne suína.
O cenário é de uma divisão clara entre as proteínas: enquanto o frango continua mais caro, a carne suína perde espaço frente à competitividade do mercado.