Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

ESPECIAL DE NATAL

Você sabe qual é a diferença entre chester e peru?

A dúvida não está apenas na hora de decidir o que servir na ceia de Natal

Você sabe qual é a diferença entre chester e peru?

Peru é peru e chester é…? Pois bem! A identidade do animal é um verdadeiro enigma, já que, normalmente, o vemos apenas embalado e temperado, pronto para ir ao forno. No entanto, ele não é de origem extraterrestre, embora alguns acreditem que seja uma aberração gerada pelo cruzamento de peru com avestruz. Na realidade, o chester nada mais é do que um frangão, um super frango. Mas esqueça a história dos hormônios.

“Ele foi desenvolvido para ter um crescimento um pouco mais lento e um rendimento maior de peito, porque é abatido um pouco mais pesado”, explica Ariel Mendes, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “O frango tem um ponto de abate que normalmente vai de 38 a 42 dias, já o frango natalino é abatido com até 53 dias”, acrescenta.

O nome Chester foi cunhado pela Perdigão, empresa que foi incorporada pela BRF, na década de 1980, assim como outras aves natalinas disponíveis no mercado, que surgiram para explorar esse nicho e são exatamente a mesma coisa. Em relação à carne, além de ser mais concentrada no peito e nas coxas, também é um pouco mais consistente. No entanto, do ponto de vista nutricional, não há diferença alguma em relação ao frango convencional.

Uma curiosidade é que, mesmo após 37 anos sendo criado no Brasil, muitas pessoas ainda confundem a ave natalina com o peru. “São espécies diferentes. O ‘chester’, quando surgiu, as pessoas diziam que era um cruzamento de peru com frango, mas não”, esclarece Ariel Mendes. O peru, originário da América do Norte, é naturalmente maior e mais pesado, com carne mais firme e sabor mais acentuado.

Macho e fêmea

Com o tempo, a avicultura tornou-se um dos setores mais tecnológicos do agronegócio. Por exemplo, machos e fêmeas geralmente são criados separadamente. E, por mais que à meia-noite, na hora da fome, não nos importemos muito com a diferença, isso também se reflete durante a ceia, sabia?

A ave natalina vendida no mercado é o frango macho, pois ele é maior e rende mais. Já no caso do peru, é o contrário: quem vai à mesa é a fêmea, menor, o que, tudo bem, até justifica a confusão na hora de reconhecer o animal. “O peru mudou muito no Brasil, antigamente era mais pesado e hoje está bem menor”, relata o diretor da ABPA. “Você tem dois tipos de peru: este natalino é abatido com quatro meses. Como as famílias são menores, é para ser consumido em uma noite e não ficar a semana toda na geladeira. É mais prático e mais barato. E tem o peru pesado, que é para exportação ou industrialização”, completa.

Números

Ariel Mendes explica que, como o frango natalino é criado nas mesmas granjas que o convencional, não existe uma estatística específica para esse segmento. No entanto, geralmente, a concentração de produção é a mesma, com o Paraná liderando o setor e o Brasil figurando como o maior exportador do mundo. Em 2013, o país produziu 13,14 milhões de toneladas de frango e 327,2 mil toneladas de peru (59% permaneceram no país e 41% foram exportadas).